Por que os bons sofrem?


Outro dia, o senhor N.N. me fez a seguinte pergunta:

"Normalmente os bons sofrem, enquanto na maioria das vezes os maus se dão muito bem. Onde está a justiça?". 

"Deus é infinitamente justo, não é mesmo?". 

"Sim, certo".

"De outra forma não seria Deus. Por consequência, Ele deve recompensar cada boa ação e punir cada má ação. Nenhuma ação, nenhuma palavra, nenhum pensamento escapará a seu juízo. Atualmente, no entanto, existe talvez no mundo alguma pessoa, seja ela a pior de todas, que não faça nada de bom?"

"De certo não existe".

"Pois bem, ao menos alguma vez todos cumprem bem o próprio dever, ou mesmo demonstram piedade diante de seu próximo, ou mesmo conseguem fazer ao menos uma coisa boa. Pois bem, se este homem terá vivido de tal forma mal a merecer, depois da morte, o inferno, quando será que Deus o recompensará daquele pouco bem que terá feito?... Quando?...".

"No outro mundo".

"Mas lá só o espera o inferno".

"Então neste..."

"Mais, existe talvez alguma pessoa, seja ela a melhor de todas, que não tenha nunca feito algum mal?".

"Não existe tal pessoa".

"E é verdade, já que mesmo 'o justo peca sete vezes'(Prov 24,16) ao dia. Por isso, se Deus quer abreviar-lhe o purgatório ou conceder-lhe logo o paraíso, onde terá lugar para o 'acerto de contas'?"

"Ah, então é assim...".

"Deus manifesta um amor particular justamente àqueles que pune já neste mundo, já que no purgatório há somente uma longa e pesada punição, enquanto que, se aceitamos voluntariamente as cruzes deste mundo, merecemos uma glória ainda maior no paraíso; eis o provérbio: Deus ama aquele ao qual Ele fere".

Não são para serem invejados, de fato, as pessoas más que gozam de uma vida feliz; estes, antes, deveriam temer fortemente que este fato possa ser já a recompensa pelo pouco de bem que fizeram.

 São Maximiliano Kolbe 


Fonte: Revista Polonesa "Rycerz Niepokalanej", fevereiro de 1924.
(Revista Brasileira "O Mílite")

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São Maximiliano Kolbe:
apóstolo pela imprensa, cavaleiro da Imaculada Virgem Maria 
e mártir da caridade.

Raimundo Kolbe nasceu em 1894, na Polônia, numa família operária que o introduziu no seguimento de Cristo e, mais tarde, ajudou-o entrar para a família franciscana, onde tomou o nome de Maximiliano Maria. Ao ser mandado para terminar sua formação em Roma, Maximiliano, inspirado pelo seu desejo de conquistar o mundo inteiro a Cristo por meio de Maria Imaculada, fundou o movimento de apostolado mariano chamado 'Milícia da Imaculada'. Como sacerdote foi professor, mas em busca de ensinar o caminho da salvação, empenhou-se no apostolado através da imprensa e pôde, assim, evangelizar em muitos países, isto sempre na obediência às autoridades, tanto assim que deixou o fecundo trabalho no Japão para assumir a direção de um grande convento franciscano na Polônia.

Com o início da Segunda Grande Guerra Mundial, a Polônia foi tomada por nazistas e, com isto, Frei Maximiliano foi preso duas vezes, sendo que a prisão definitiva, ocorrida em 1941, levou-o para Varsóvia, e posteriormente, para o campo de concentração em Auschwitz, onde no campo de extermínio heroicamente evangelizou com a vida e morte. Aconteceu que diante da fuga de um prisioneiro, dez pagariam com a morte, sendo que um, desesperadamente, caiu em prantos: 

"Minha mulher, meus filhinhos! Não os tornarei a ver!". Movido pelo amor que vence a morte, São Maximiliano Maria Kolbe dirigiu-se ao Oficial com a decisão própria de um mártir da caridade, ou seja, substituir o pai de família e ajudar a morrer os outros nove e, foi aceita, pois se identificou: "Sou um Padre Católico".  
A 10 de Outubro de 1982, o Papa João Paulo II canonizou este seu compatriota, já beatificado por Paulo VI em 1971.

São Maximiliano Maria Kolbe, rogai por nós!

Mais detalhes aqui:

Comentários

  1. Olá minha irmã em Cristo continue levando Jesus aos corações sedentos, paz e bem!

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