30/05 - Santa Joana D'Arc - Mártir da Pátria e da Fé

Santa Joana d'Arc (1412-1431), santa padroeira da França e heroína da Guerra dos Cem Anos.
Santa Joana d'Arc (1412-1431), padroeira da França 
e heroína da Guerra dos Cem Anos

A Infância 

Joana nasceu em Domrémy, na região de Lorena (ou Lorraine) na França. Posteriormente a cidade foi renomeada como Domrémy-la-Pucelle em sua homenagem (pucelle; donzela em português). Filha de Jacques d'Arc e Isabelle Romée, era a mais nova de quatro irmãos. Seu pai era agricultor e sua mãe lhe ensinou todos os afazeres de uma menina da época, como fiar e costurar. Joana também era muito religiosa, ia muito a igreja e frequentemente fugia do campo para ir orar na igreja de sua cidade.

Em seu julgamento, Joana afirmou que desde os treze anos ouvia vozes divinas. Segundo ela, a primeira vez que escutou a voz, ela vinha da direção da igreja e acompanhada de claridade e uma sensação de medo. Dizia que às vezes não a entendia muito bem e que as ouvia duas ou três vezes por semana. Entre as mensagens que ela entendeu estavam conselhos para frequentar a igreja, que deveria ir a Paris e que deveria levantar o domínio que havia na cidade de Orléans. Posteriormente ela identificaria as vozes como sendo do arcanjo São Miguel, Santa Catarina de Alexandria e Santa Margarida. 

A Guerreira 

Aos 16 anos, Joana foi a Vaucouleurs, cidade vizinha a Domrèmy. Recorreu a Robert de Baudricourt, capitão da guarnição armagnac estabelecida em Vaucouleurs para lhe ceder uma escolta até Chinon, e quase um ano depois, Baudricourt aceitou enviá-la escoltada até o delfim. Portando roupas masculinas até sua morte, Joana atravessou as terras dominadas por Borguinhões, chegando a Chinon, onde finalmente iria se encontrar com o rei Carlos VII, após uma apresentação de uma carta enviada por Baudricourt. Chegando a Chinon, Joana já dispunha de uma grande popularidade, porém o delfim tinha ainda desconfianças sobre a moça. Decidiram passá-la por algumas provas. Segundo a lenda, com medo de apresentar o delfim diante de uma desconhecida que talvez pudesse matá-lo, eles decidiram ocultar Carlos em uma sala cheia de nobres ao recebê-la. Joana então teria reconhecido o rei disfarçado entre os nobres sem que jamais o tivesse visto antes. Joana teria ido até ao verdadeiro rei, se curvado e dito: "Senhor, vim conduzir os seus exércitos à vitória".

Sozinha na presença do rei, ela o convenceu a lhe entregar um exército com o intuito de libertar Orléans. Porém, o rei ainda a fez passar por provas diante dos teólogos reais. As autoridades eclesiásticas em Poitiers submeteram-na a um interrogatório, averiguaram sua virgindade e suas intenções.

Convencido do discurso de Joana, o rei entrega-lhe às mãos uma espada, um estandarte e o comando das tropas francesas, para seguir rumo à libertação da cidade de Orléans, que havia sido invadida e tomada pelos ingleses havia oito meses.
Munida de uma bandeira branca, Joana chega a Orléans em 29 de abril de 1429. Comandando um exército de 4000 homens ela consegue a vitória sobre os invasores no dia 9 de maio de 1429. O episódio é conhecido como a Libertação de Orléans (e na França como a Siège d'Orléans). 

Existem histórias paralelas a esta que informam que a figura de Joana era diferente. Ela teria chegado para a batalha em um cavalo branco, armadura de aço, e segurando um estandarte com a cruz de Cristo, circunscrita com o nome de Jesus e Maria. 

Captura e Morte

Na primavera de 1430, Joana d'Arc retomou a campanha militar e passou a tentar libertar a cidade de Compiègne, onde acabou sendo dominada e capturada pelos borguinhões, aliados dos ingleses, em 1430. Foi presa em 23 de Maio do mesmo ano. Joana foi levada ao Castelo de Beaurevoir, onde permaneceu todo o verão, enquanto o duque de Luxemburgo negociava sua venda. Ao vendê-la aos ingleses, Joana foi transferida a Ruão.

Em um tribunal liderado por Peter Cauchon, bispo de Beauvais, ela foi interrogada sobre as vozes, sua fé e sua vestimenta masculina. Um sumário falso e injusto foi feito e suas visões foram consideradas impuras em sua natureza. O tribunal declarou que, se ela se recusasse a retratar, seria entregue aos seculares como um herege. Mesmo sob tortura ela recusou a se retratar. Quando finalmente ela foi trazida para uma sentença formal no Cemitério de Santo Ouen, diante de uma enorme multidão ela retratou-se apenas um pouco e de forma bastante incerta e foi devolvida a prisão e voltou a vestir as roupas masculinas que havia concordado em abandonar. 

Ela teve a coragem de declarar que tudo que ela havia dito antes era verdade e que ela havia recuperado a sua coragem e que Deus havia na verdade enviado ela para salvar a França dos ingleses. No dia 29 de maio ela foi condenada por heresia. 

Joana foi queimada viva em 30 de maio de 1431, com apenas dezenove anos. Antes da execução ela se confessou com Jean Totmouille e Martin Ladvenu, que lhe administraram os sacramentos da Comunhão. Entrou vestida de branco, na praça cheia de gente, e foi colocada na plataforma montada para sua execução. Após lerem o seu veredito, Joana foi queimada viva e enquanto morria chamada de bruxa, mentirosa, blasfema. Suas cinzas foram jogadas no rio Sena, para que não se tornassem objeto de veneração pública. Era o fim da heroína francesa. 

Joana d'Arc usava roupas masculinas para deter abuso sexual, enquanto ela estava acampada nas batalhas. O clérigo que testemunhou em seu segundo julgamento afirmou que ela continuava a vestir roupas do sexo masculino na prisão para deter molestamentos e estupro. Ao usar armadura os homens estariam menos propensos a pensar nela como um objeto sexual. 

Após a morte de Joana d'Arc 

A revisão do seu processo começou a partir de 1456, quando foi considerada inocente pelo Papa Calisto III, e o processo que a condenou foi considerado inválido, e em 1909 a Igreja Católica autoriza sua beatificação. Em 1920, Joana d'Arc é canonizada como uma santa virgem e mártir pelo Papa Bento XV. 
Joana d´Arc desta maneira teve sua honra reabilitada, e o nome feiticeira, e bruxa foi apagado para que ela fosse reconhecida por suas virtudes heróicas, provenientes de uma missão divina. Ela foi proclamada Mártir pela Pátria e da Fé. 

Oração à Santa Joana D'arc 

Ó Santa Joana D'arc, vós que, cumprindo a vontade de Deus, de espada em punho, vos lançastes à luta, por Deus e pela Pátria, ajudai-me a perceber, no meu íntimo, as inspirações de Deus. 
Com o auxílio da vossa espada, fazei recuar os meus inimigos que atentam contra minha fé e contra as pessoas mais pobres e desvalidas que habitam nossa Pátria. 

Santa Joana D'arc, ajudai-me a vencer as dificuldades no lar, no emprego, no estudo e na vida diária. Que nada me obrigue a recuar, quando estou com a razão e a verdade: nem opressões, nem ameaças, nem processos, nem mesmo a fogueira.

Santa Joana D'arc, iluminai-me, guiai-me, fortalecei-me, defendei-me. Amém. 

Fonte: Wikipédia
http://www.cademeusanto.com.br/

Comentários

  1. Muito obrigado pelo artigo, espero poder crescer em minha devoção à Santa!

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