Conversão de São Paulo-25 de janeiro
O martírio de São Paulo é celebrado junto com o de São Pedro, em 29 de junho, mas sua conversão tem tanta importância para a história da Igreja que merece uma data à parte. Neste dia, no ano 1554, deu-se também a fundação da que seria a maior cidade do Brasil, São Paulo, que ganhou seu nome em homenagem a tão importante acontecimento.
Saulo, seu nome original, nasceu no ano 10 na cidade de Tarso, na Cilícia, atual Turquia. À época era um pólo de desenvolvimento financeiro e comercial, um populoso centro de cultura e diversões mundanas, pouco comum nas províncias romanas do Oriente. Seu pai Eliasar era fariseu e judeu descendente da tribo de Benjamim, e, também, um homem forte, instruído, tecelão, comerciante e legionário do imperador Augusto. Pelo mérito de seus serviços recebeu o título de Cidadão Romano, que por tradição era legado aos filhos. Sua mãe uma dona de casa muito ocupada com a formação e educação do filho.
Portanto, Saulo era um cidadão romano, fariseu de linhagem nobre, bem situado financeiramente, religioso, inteligente, estudioso e culto. Aos quinze anos foi para Jerusalém dar continuidade aos estudos de latim, grego e hebraico, na conhecida Escola de Gamaliel, onde recebia séria educação religiosa fundamentada na doutrina dos fariseus, pois seus pais o queriam um grande Rabi, no futuro.
Parece que era mesmo esse o anseio daquele jovem baixo, magro, de nariz aquilino, feições morenas de olhos negros, vivos e expressivos. Saulo já nessa idade se destacava pela oratória fluente e cativante marcada pela voz forte e agradável, ganhando as atenções dos colegas e não passando despercebido ao exigente professor Gamaliel.
Saulo era totalmente contrário ao cristianismo, combatia-o ferozmente, por isso tinha muitos adversários. Foi com ele que Estêvão travou acirrado debate no templo judeu, chamado Sinédrio. Ele tanto clamou contra Estevão que este acabou apedrejado e morto, iniciando-se então uma incansável perseguição aos cristãos, com Saulo à frente com total apoio dos sacerdotes do Sinédrio.
Um dia, às portas da cidade de Damasco, uma luz, descrita nas Sagradas Escrituras como "mais forte e mais brilhante que a luz do Sol", desceu dos céus, assustando o cavalo e lançando ao chão Saulo , ao mesmo tempo em que ouviu a voz de Jesus pedindo para que parasse de persegui-Lo e aos seus e, ao contrário, se juntasse aos apóstolos que pregavam as revelações de Sua vinda à Terra. Os acompanhantes que também tudo ouviram, mas não viram quem falava, quando a luz desapareceu ajudaram Saulo a levantar pois não conseguia mais enxergar. Saulo foi levado pela mão até a cidade de Damasco, onde recebeu outra "visita" de Jesus que lhe disse que nessa cidade deveria ficar alguns dias pois receberia uma revelação importante. A experiência o transformou profundamente e ele permaneceu em Damasco por três dias sem enxergar, e à seu pedido também sem comer e sem beber.
Depois Saulo teve uma visão com Ananias, um velho e respeitado cristão da cidade, na qual ele o curava. Enquanto no mesmo instante Ananias tinha a mesma visão em sua casa. Compreendendo sua missão, o velho cristão foi ao seu encontro colocando as mãos sobre sua cabeça fez Saulo voltar a enxergar, curando-o. A conversão se deu no mesmo instante pois ele pediu para ser Batizado por Ananias. De Damasco saiu a pregar a palavra de Deus, já com o nome de Paulo, como lhe ordenara Jesus, tornando-se Seu grande apóstolo.
Sua conversão chamou a atenção de vários círculos de cidadãos importantes e Paulo passou a viajar pelo mundo, evangelizando e realizando centenas de conversões. Perseguido incansavelmente, foi preso várias vezes e sofreu muito, sendo martirizado no ano 67, em Roma.
Condenado à morte, Paulo, por ser cidadão romano, não podia, como Pedro, sofrer a pena ignominiosa da crucifixão, mas sim a da decapitação, e esta devia dar-se fora dos muros da cidade. Conduzido por um grupo de soldados, o Apóstolo arrastou seus pesados grilhões ao longo da Via Ostiense e, depois, pela Via Laurentina, até alcançar um distante vale, conhecido pelo nome de Aquæ Salviæ.
Ali, entre a vegetação daquela região pantanosa, o sublime imitador de Jesus Cristo selava seu testemunho com o próprio sangue. Sua cabeça, ao cair no solo sob o golpe fatal da espada, saltou três vezes, fazendo brotar em cada um dos pontos uma fonte de água borbulhante. Este fato, se não comprovado pela História, baseia- se numa piedosa tradição confirmada pelo nome de Tre Fontane, que ostenta o mosteiro trapista construído naquele local.
Ali, entre a vegetação daquela região pantanosa, o sublime imitador de Jesus Cristo selava seu testemunho com o próprio sangue. Sua cabeça, ao cair no solo sob o golpe fatal da espada, saltou três vezes, fazendo brotar em cada um dos pontos uma fonte de água borbulhante. Este fato, se não comprovado pela História, baseia- se numa piedosa tradição confirmada pelo nome de Tre Fontane, que ostenta o mosteiro trapista construído naquele local.
Suas relíquias se encontram na Basílica de São Paulo Fora dos Muros, na Itália, festejada no dia de sua consagração em 18 de novembro.
O Senhor fez de Paulo seu grande apóstolo, o apóstolo dos gentios, isto é, o evangelizador dos pagãos. Ele escreveu 14 cartas, expondo a mensagem de Jesus, que se transformaram numa verdadeira "Teologia do Novo Testamento". Também é o patrono das Congregações Paulinas que continuam a sua obra de apóstolo, levando a mensagem do Cristianismo a todas as partes do mundo, através dos meios de comunicação.
Ao peso do mal vergados, São Paulo, por ti clamamos; da graça o penhor eterno, que salva, te suplicamos. Outrora oprimindo a Igreja, tocou-se o divino amor. E aqueles que perseguias abraças qual defensor. Daquele primeiro amor conserva a fiel lembrança. Aos tíbios e fracos traze a graça e a esperança. Floresça por teu socorro o amor que ignora o mal; as rixas não o perturbem, nem erro nenhum fatal. Ó vítima que agrada aos céus, dos povos amor e luz, fiel defensor da Igreja, protege-a, e a nós conduz. Louvor à Trindade eterna, hosanas, poder, vitória. O prêmio do bom combate contigo nos dê, na glória.
Oração da Conversão de São Paulo Apóstolo
Ao peso do mal vergados, São Paulo, por ti clamamos; da graça o penhor eterno, que salva, te suplicamos. Outrora oprimindo a Igreja, tocou-se o divino amor. E aqueles que perseguias abraças qual defensor. Daquele primeiro amor conserva a fiel lembrança. Aos tíbios e fracos traze a graça e a esperança. Floresça por teu socorro o amor que ignora o mal; as rixas não o perturbem, nem erro nenhum fatal. Ó vítima que agrada aos céus, dos povos amor e luz, fiel defensor da Igreja, protege-a, e a nós conduz. Louvor à Trindade eterna, hosanas, poder, vitória. O prêmio do bom combate contigo nos dê, na glória.
Fonte:
Paulinas
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