As devoções do Tempo Quaresmal


As devoções do Tempo Quaresmal 
Reflexão e mudança de vida

Pe. Nilso Ap. Motta

O tempo da Quaresma é um tempo de forte chamado à conversão, em que a Igreja nos convoca a viver com mais intensidade a oração, o jejum, a penitência, a mortificação.
Nesse período redescobrimos práticas devocionais, como a via-sacra, Jesus Crucificado, Nossa Senhora das Dores, que sendo práticas exteriores demonstram uma disposição interior para mudança, para uma intimidade maior com Deus e o progresso na virtude.



Veneração a Jesus Crucificado
Durante a Quaresma, por antiquíssima tradição cristã, sexta-feira é o dia em que se celebra a Paixão de Cristo. Os fiéis orientam espontaneamente sua piedade para o mistério da Cruz. Também é prática comum e piedosa na Igreja, que durante o tempo da Quaresma, o amor para com Cristo crucificado leve as comunidades cristãs a preferir a leitura da Paixão do Senhor, sobretudo na quarta e a sexta-feira.






Via-Sacra
Entre as práticas de piedade com as quais os fiéis veneram a Paixão do Senhor, poucas são tão queridas quanto a Via-Sacra. Por meio dessa prática de piedade o povo percorre o último trecho da caminhada afeita por Jesus durante sua vida terrena. Na sua forma atual, atestada já na primeira metade do século XVII, a Via-Sacra, difundida por São Leonardo de Porto Maurício (+1751), aprovada pela Santa Sé e enriquecida de indulgências, se compõe de catorze estações.




Devoção a Nossa Senhora das Dores
Associados ao projeto salvífico de Deus, Cristo crucificado e a Virgem das Dores são também associados na liturgia e na piedade popular.
Desde a infância de Cristo, a vida da Virgem, envolvida na rejeição da qual seu filho era objeto, transcorreu sob o sinal da espada. Entretanto, a piedade do povo cristão viu na vida dolorosa da Mãe sete episódios principais, denominados "as sete dores" da bem-aventurada Virgem Maria.
O tempo da Quaresma precede e predispõe à celebração da Páscoa. Tempo de profunda escuta da Palavra de Deus, de silêncio interior e de conversão. Vivamos intensamente esse tempo na liturgia e na vida, nas orações e devoções, desejando sempre ressuscitar com Cristo para uma vida nova.

Fonte: Revista Brasil Cristão (março/2014)-

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