Um homem internado em estado terminal em
um dos hospitais da Cidade teve a cura alcançada
FERNANDA HADDAD - 03/07/2015
Um milagre que pode ter ocorrido em Santos é investigado pelo Vaticano e pode resultar na canonização da Madre Teresa de Calcutá. Um homem internado em estado terminal em um dos hospitais da Cidade teve a cura inexplicavelmente alcançada, segundo a Cúria Diocesana de Santos.
O caso ocorreu em 2008, quando o homem deu entrada em um hospital da Cidade com fortes dores na cabeça. Ele foi diagnosticado com hidrocefalia (acúmulo excessivo de líquido dentro do crânio, que leva ao inchaço cerebral) e tinha oito abcessos (acúmulo de pele) espalhados pelo cérebro.
Desacreditados, os médicos o internaram em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), enquanto organizavam os recursos para levar o homem ao centro cirúrgico. “Enquanto o médico arranjava os instrumentos para a cirurgia, ele (o paciente) voltou a si e perguntou o que estava fazendo ali”, conta o padre Caetano Rizzi, que é vigário judicial da Diocese de Santos.
No dia seguinte, o homem não sentia mais dor nenhuma e, realizados os exames novamente, não apresentava mais nenhum tipo de acúmulo no cérebro. “Tudo tinha desaparecido”, conta o padre.
“Enquanto ele estava doente, a esposa rezou fervorosamente à Madre Tereza de Calcutá”, ressalta Rizzi.
O nome do homem, do hospital que ficou internado e nem mesmo dos médicos que participaram dos procedimentos podem ser revelados, uma vez que o caso ainda está em processo de investigação.
O padre Elmiran Ferreira acompanhou o caso de perto. Foi ele, inclusive, que em um momento de desespero da família, recomendou a devoção e confiança na Madre Teresa de Calcutá. “A esposa veio me procurar no dia que ele entrou na UTI, eu dei a ela uma imagem da Madre e disse para que rezasse todos os dias pedindo a intercessão a Deus”, conta.
Ferreira é umas das catorze testemunhas ouvidas pelos membros do Tribuna Diocesano para a Causa de Canonização de Madre Teresa, que veio a Santos em junho para recolher todas as documentações e provas do possível milagre e levar ao Vaticano.
“Tudo (o material recolhido em Santos) será encaminhado para uma equipe de peritos médicos, nomeados pelo Vaticano para estudar o caso. Os médicos dão seu parecer e encaminham para a equipe de teólogos do Vaticano, que vão estudar se nos depoimentos houve algum erro de doutrina”, explica Rizzi.
A análise vai, depois, para a comissão dos cardiais e bispos responsáveis pela investigação, que estudam e fazem um parecer, para mandar ao Papa Francisco. “Aprovada a documentação pelo Papa, ele marca a data da canonização”, ressalta o padre.
Fonte: A Tribuna.com.br
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