SÃO PAULO, 25 Ago. 15 / 05:13 pm (ACI).- O rosto de Santa Rosa de Lima foi reconstituído por uma equipe de cientistas brasileiros e peruanos. Os trabalhos foram conduzidos pelo especialista em odontologia forense Paulo Miamoto e o designer 3D Cícero Moraes. Eles apresentaram o resultado – uma imagem virtual e um busto em três dimensões –na Paróquia dedicada à santa, no Guarujá (SP), no domingo, 23, dia em que foi celebrada a memória litúrgica de Santa Rosa.
Os brasileiros foram a Lima, no Peru, e tiveram autorização da Ordem dos Pregadores (Dominicanos) para analisar o crânio da Santa Rosa de Lima, que fica guardado no templo de São Domingos.
Na capital peruana, os membros da Equipe Brasileira de Antropologia Forense e Odontologia (Ebrafol), junto a cientistas da Universidade São Martín do Porres (USMP), pesquisaram as relíquias para reconstruir seus rostos.
Usando estritas medidas de segurança e com a ajuda dos frades dominicanos, os crânios foram transladados temporariamente a uma clínica em Lima, onde foram realizadas tomografias computadorizadas. A segunda fase do trabalho foi feita no Brasil.
A reconstituição foi feita por meio de uma técnica moderna conhecida como fotogrametria, geralmente utilizada por arqueólogos e adaptada para refazer crânios, cenas de crimes e construções arquitetônicas.
“A gente estuda o crânio para saber o sexo, a idade, a ancestralidade. Então, uma face individualizada é criada para aquele crânio e, do ponto de vista técnico e científico, é a face que a gente acredita que seja a mais compatível com aquele crânio quando ele estava em vida”, explicou Paulo Miamoto ao canal católico brasileiro Canção Nova (CN).
O busto de Santa Rosa de Lima foi feito utilizando uma impressora especial um plástico extraído do milho. A impressão se dá por várias camadas e o processo pode levar um dia para ficar pronto.
“Com o crânio digitalizado, eu fiz a reconstituição facial, coloquei os músculos principais nesses ossos, coloquei a pele, fiz a pintura digital e agora, apresentamos o rosto de Santa Rosa”, contou Cícero Moraes ao CN.
Além do rosto de Santa Rosa de Lima, os especialistas que já trabalharam na reconstrução da face de Santo Antônio, Santa Maria Madalena e São Sidônio. Durante a viagem ao Peru, também examinaram as relíquias de São Martín de Porres e São Juan Masías, falecidos há mais de 400 anos.
Em novembro deste ano, a equipe científica apresentará no Peru a conclusão de seus trabalhos, revelando os bustos com os rostos de Santa Rosa e também de São Martín e São Juan Masías.
Fonte:ACI digital
Primeira santa da América do Sul, Padroeira do Peru, das Ilhas Filipinas e de toda a América Latina. Santa Rosa nasceu em Lima (Peru) em 1586; filha de pais espanhóis, chamava-se Isabel Flores, até ser apelidada de Rosa por uma empregada índia que a admirava, dizendo-lhe: “Você é bonita como uma rosa!”.
Terciária dominicana, padroeira da América Latina (1586-1617). Isabel Flores y de Oliva nasceu na cidade de Lima, capital do Peru, no dia 20 de abril de 1586. A décima dos 13 filhos de Gaspar Flores e Maria de Oliva. À medida que crescia com o rosto rosado e belo, recebeu dos familiares o apelido de Rosa, como ficou conhecida. Seus pais eram ricos espanhóis que se haviam mudado para a próspera colônia do Peru, mas os negócios declinaram e eles ficaram na miséria.
Ainda criança, Rosa teve grande inclinação à oração e à meditação, sendo dotada de dons especiais de profecia. Já adolescente, enquanto rezava diante da imagem da Virgem Maria, decidiu entregar sua vida somente a Cristo. Apesar dos apelos da família, que contava com sua ajuda para o sustento, ela ingressou na Ordem Terceira Dominicana, tomando como exemplo de vida santa Catarina de Sena. Dedicou-se, então, ao jejum, às severas penitências e à oração contemplativa, aumentando seus dons de profecia e prodígios. E, para perder a vaidade, cortou os cabelos e engrossou as mãos, trabalhando na lavoura com os pais.
Aos 20 anos, pediu e obteve licença para emitir os votos religiosos em casa e não no convento, como terciária dominicana. Quando vestiu o hábito e se consagrou, mudou o nome para Rosa e acrescentou Santa Maria, por causa de sua grande devoção à Virgem Maria, passando a ser chamada Rosa de Santa Maria.
Construiu uma pequena cela no fundo do quintal da casa de seus pais, levando uma vida de austeridade, de mortificação e de abandono à vontade de Deus. A partir do hábito, ela imprimiu ainda mais rigor às penitências. Começou a usar, na cabeça, uma coroa de metal espinhento, disfarçada com botões de rosas. Aumentou os dias de jejum e dormia sobre uma tábua com pregos. Passou a sustentar a família com as rendas e bordados que fazia, pois seu confessor consentiu que ela não saísse mais de sua cela, exceto para receber a Eucaristia. Vivendo em contínuo contato com Deus, atingiu um alto grau de vida contemplativa e experiência mística, compreendendo em profundidade o mistério da Paixão e Morte de Jesus.
Rosa cumpriu sua vocação, devotando-se à Eucaristia e à Virgem Maria, cuidando para afastar o pecado do seu coração, conforme a espiritualidade da época. Aos 31 anos de idade, foi acometida por uma grave doença, que lhe causou sofrimentos e danos físicos. Assim, retirou-se para a casa de sua benfeitora, Maria de Uzátegui, agora Mosteiro de Santa Rosa, para cumprir a profecia de sua morte. Todo ano, ela passava o Dia de São Bartolomeu em oração, pois dizia: "este é o dia das minhas núpcias eternas". E assim foi, até morrer no dia 24 de agosto de 1617. O seu sepultamento parou toda a cidade de Lima.
Muitos milagres aconteceram por sua intercessão após sua morte. Rosa foi beatificada em 1667 e tornou-se a primeira santa da América Latina ao ser canonizada, em 1671, pelo papa Clemente X. Dois anos depois, foi proclamada Padroeira da América Latina, das Filipinas e das Índias Orientais, com a festa litúrgica marcada para o dia 23 de agosto. A devoção a santa Rosa de Lima propagou-se rapidamente nos países latino-americanos, sendo venerada pelos fiéis como Padroeira dos Jardineiros e dos Floristas.
Fonte: Os santos e os beatos da Igreja do Ocidente e do Oriente, Mario Sgarbossa, Paulinas.
Os brasileiros foram a Lima, no Peru, e tiveram autorização da Ordem dos Pregadores (Dominicanos) para analisar o crânio da Santa Rosa de Lima, que fica guardado no templo de São Domingos.
Na capital peruana, os membros da Equipe Brasileira de Antropologia Forense e Odontologia (Ebrafol), junto a cientistas da Universidade São Martín do Porres (USMP), pesquisaram as relíquias para reconstruir seus rostos.
Usando estritas medidas de segurança e com a ajuda dos frades dominicanos, os crânios foram transladados temporariamente a uma clínica em Lima, onde foram realizadas tomografias computadorizadas. A segunda fase do trabalho foi feita no Brasil.
A reconstituição foi feita por meio de uma técnica moderna conhecida como fotogrametria, geralmente utilizada por arqueólogos e adaptada para refazer crânios, cenas de crimes e construções arquitetônicas.
“A gente estuda o crânio para saber o sexo, a idade, a ancestralidade. Então, uma face individualizada é criada para aquele crânio e, do ponto de vista técnico e científico, é a face que a gente acredita que seja a mais compatível com aquele crânio quando ele estava em vida”, explicou Paulo Miamoto ao canal católico brasileiro Canção Nova (CN).
O busto de Santa Rosa de Lima foi feito utilizando uma impressora especial um plástico extraído do milho. A impressão se dá por várias camadas e o processo pode levar um dia para ficar pronto.
“Com o crânio digitalizado, eu fiz a reconstituição facial, coloquei os músculos principais nesses ossos, coloquei a pele, fiz a pintura digital e agora, apresentamos o rosto de Santa Rosa”, contou Cícero Moraes ao CN.
Além do rosto de Santa Rosa de Lima, os especialistas que já trabalharam na reconstrução da face de Santo Antônio, Santa Maria Madalena e São Sidônio. Durante a viagem ao Peru, também examinaram as relíquias de São Martín de Porres e São Juan Masías, falecidos há mais de 400 anos.
Em novembro deste ano, a equipe científica apresentará no Peru a conclusão de seus trabalhos, revelando os bustos com os rostos de Santa Rosa e também de São Martín e São Juan Masías.
Fonte:ACI digital
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Santa Rosa de Lima - 23 de agosto
Primeira santa da América do Sul, Padroeira do Peru, das Ilhas Filipinas e de toda a América Latina. Santa Rosa nasceu em Lima (Peru) em 1586; filha de pais espanhóis, chamava-se Isabel Flores, até ser apelidada de Rosa por uma empregada índia que a admirava, dizendo-lhe: “Você é bonita como uma rosa!”.
Terciária dominicana, padroeira da América Latina (1586-1617). Isabel Flores y de Oliva nasceu na cidade de Lima, capital do Peru, no dia 20 de abril de 1586. A décima dos 13 filhos de Gaspar Flores e Maria de Oliva. À medida que crescia com o rosto rosado e belo, recebeu dos familiares o apelido de Rosa, como ficou conhecida. Seus pais eram ricos espanhóis que se haviam mudado para a próspera colônia do Peru, mas os negócios declinaram e eles ficaram na miséria.
Ainda criança, Rosa teve grande inclinação à oração e à meditação, sendo dotada de dons especiais de profecia. Já adolescente, enquanto rezava diante da imagem da Virgem Maria, decidiu entregar sua vida somente a Cristo. Apesar dos apelos da família, que contava com sua ajuda para o sustento, ela ingressou na Ordem Terceira Dominicana, tomando como exemplo de vida santa Catarina de Sena. Dedicou-se, então, ao jejum, às severas penitências e à oração contemplativa, aumentando seus dons de profecia e prodígios. E, para perder a vaidade, cortou os cabelos e engrossou as mãos, trabalhando na lavoura com os pais.
Aos 20 anos, pediu e obteve licença para emitir os votos religiosos em casa e não no convento, como terciária dominicana. Quando vestiu o hábito e se consagrou, mudou o nome para Rosa e acrescentou Santa Maria, por causa de sua grande devoção à Virgem Maria, passando a ser chamada Rosa de Santa Maria.
Construiu uma pequena cela no fundo do quintal da casa de seus pais, levando uma vida de austeridade, de mortificação e de abandono à vontade de Deus. A partir do hábito, ela imprimiu ainda mais rigor às penitências. Começou a usar, na cabeça, uma coroa de metal espinhento, disfarçada com botões de rosas. Aumentou os dias de jejum e dormia sobre uma tábua com pregos. Passou a sustentar a família com as rendas e bordados que fazia, pois seu confessor consentiu que ela não saísse mais de sua cela, exceto para receber a Eucaristia. Vivendo em contínuo contato com Deus, atingiu um alto grau de vida contemplativa e experiência mística, compreendendo em profundidade o mistério da Paixão e Morte de Jesus.
Rosa cumpriu sua vocação, devotando-se à Eucaristia e à Virgem Maria, cuidando para afastar o pecado do seu coração, conforme a espiritualidade da época. Aos 31 anos de idade, foi acometida por uma grave doença, que lhe causou sofrimentos e danos físicos. Assim, retirou-se para a casa de sua benfeitora, Maria de Uzátegui, agora Mosteiro de Santa Rosa, para cumprir a profecia de sua morte. Todo ano, ela passava o Dia de São Bartolomeu em oração, pois dizia: "este é o dia das minhas núpcias eternas". E assim foi, até morrer no dia 24 de agosto de 1617. O seu sepultamento parou toda a cidade de Lima.
Muitos milagres aconteceram por sua intercessão após sua morte. Rosa foi beatificada em 1667 e tornou-se a primeira santa da América Latina ao ser canonizada, em 1671, pelo papa Clemente X. Dois anos depois, foi proclamada Padroeira da América Latina, das Filipinas e das Índias Orientais, com a festa litúrgica marcada para o dia 23 de agosto. A devoção a santa Rosa de Lima propagou-se rapidamente nos países latino-americanos, sendo venerada pelos fiéis como Padroeira dos Jardineiros e dos Floristas.
Fonte: Os santos e os beatos da Igreja do Ocidente e do Oriente, Mario Sgarbossa, Paulinas.
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