Cidade do Vaticano (RV) – Na noite do dia 24 de dezembro, o Papa Francisco presidiu a Missa do Santo Natal na Basílica de São Pedro. O Menino Jesus – disse em sua homilia - “ensina-nos aquilo que é verdadeiramente essencial na nossa vida”, e a partir de seu nascimento, começa para os homens de coração simples, “o caminho da verdadeira libertação e do resgate perene”. “Ele chama-nos a um comportamento sóbrio, isto é, simples, equilibrado, linear, capaz de individuar e viver o essencial”.
“Júbilo e alegria garantem-nos que a mensagem contida no mistério desta noite provém verdadeiramente de Deus”. Partindo da leitura do Profeta Isaías, o Santo Padre recorda que o cumprimento da promessa, fez com que se multiplicasse e superabundasse no nosso coração o sentimento de alegria. “O Menino Jesus é o verdadeiro consolador de nosso coração a alegria do nosso coração”:
“Não há lugar para a dúvida; deixemo-la aos céticos, que, por interrogarem apenas a razão, nunca encontram a verdade. Não há espaço para a indiferença, que domina no coração de quem é incapaz de amar, porque tem medo de perder alguma coisa. Fica afugentada toda a tristeza, porque o Menino Jesus é o verdadeiro consolador do coração”.
“Já não estamos sós e abandonados – regozijou-se o Papa - hoje, o Filho de Deus nasceu: tudo muda. O Salvador do mundo vem para Se tornar participante da nossa natureza humana. A Virgem oferece-nos o seu Filho como princípio de vida nova”: “A verdadeira luz vem iluminar a nossa existência, muitas vezes encerrada na sombra do pecado. Hoje descobrimos de novo quem somos! Nesta noite, torna-se-nos patente o caminho que temos de percorrer para alcançar a meta. Agora, deve cessar todo o medo e pavor, porque a luz nos indica a estrada para Belém. Não podemos permanecer inertes. Não nos é permitido ficar parados. Temos de ir ver o nosso Salvador, deitado numa manjedoura”. A um povo que, há dois mil anos, percorre todas as estradas do mundo para tornar cada ser humano participante desta alegria, é confiada a missão de dar a conhecer o "Príncipe da paz" e tornar-se um instrumento eficaz d’Ele no meio das nações: “Por isso, quando ouvirmos falar do nascimento de Cristo, permaneçamos em silêncio e deixemos que seja aquele Menino a falar; gravemos no nosso coração as suas palavras, sem afastar o olhar do seu rosto. Se O tomarmos nos nossos braços e nos deixarmos abraçar por Ele, dar-nos-á a paz do coração que jamais terá fim. Este Menino ensina-nos aquilo que é verdadeiramente essencial na nossa vida. Nasce na pobreza do mundo, porque, para Ele e sua família, não há lugar na hospedaria. Encontra abrigo e proteção num estábulo e é deitado numa manjedoura para animais. E todavia, a partir deste nada, surge a luz da glória de Deus. A partir daqui, para os homens de coração simples, começa o caminho da verdadeira libertação e do resgate perene”.
“Deste Menino, que no seu rosto traz gravados os traços da bondade, da misericórdia e do amor de Deus Pai – disse o Santo Padre - brota, em todos nós, seus discípulos”, a vontade de “renúncia à impiedade” e à riqueza do mundo, para vivermos “com sobriedade, justiça e piedade”:
“Numa sociedade frequentemente embriagada de consumo e prazer, de abundância e luxo, de aparência e narcisismo, Ele chama-nos a um comportamento sóbrio, isto é, simples, equilibrado, linear, capaz de individuar e viver o essencial. Num mundo que demasiadas vezes é duro com o pecador e brando com o pecado, há necessidade de cultivar um forte sentido da justiça, de buscar e pôr em prática a vontade de Deus. No seio duma cultura da indiferença, que não raramente acaba por ser cruel, o nosso estilo de vida seja, pelo contrário, cheio de piedade, empatia, compaixão, misericórdia, extraídas diariamente do poço de oração”.
O Papa conclui, pedindo que assim como os pastores de Belém, “também os nossos olhos possam encher-se de espanto e maravilha, contemplando no Menino Jesus o Filho de Deus. E, diante d’Ele, brote dos nossos corações a invocação: “Mostra-nos, Senhor, a tua misericórdia, concede-nos a tua salvação””. (JE)
Fonte: Radio Vaticano
“Júbilo e alegria garantem-nos que a mensagem contida no mistério desta noite provém verdadeiramente de Deus”. Partindo da leitura do Profeta Isaías, o Santo Padre recorda que o cumprimento da promessa, fez com que se multiplicasse e superabundasse no nosso coração o sentimento de alegria. “O Menino Jesus é o verdadeiro consolador de nosso coração a alegria do nosso coração”:
“Não há lugar para a dúvida; deixemo-la aos céticos, que, por interrogarem apenas a razão, nunca encontram a verdade. Não há espaço para a indiferença, que domina no coração de quem é incapaz de amar, porque tem medo de perder alguma coisa. Fica afugentada toda a tristeza, porque o Menino Jesus é o verdadeiro consolador do coração”.
“Já não estamos sós e abandonados – regozijou-se o Papa - hoje, o Filho de Deus nasceu: tudo muda. O Salvador do mundo vem para Se tornar participante da nossa natureza humana. A Virgem oferece-nos o seu Filho como princípio de vida nova”: “A verdadeira luz vem iluminar a nossa existência, muitas vezes encerrada na sombra do pecado. Hoje descobrimos de novo quem somos! Nesta noite, torna-se-nos patente o caminho que temos de percorrer para alcançar a meta. Agora, deve cessar todo o medo e pavor, porque a luz nos indica a estrada para Belém. Não podemos permanecer inertes. Não nos é permitido ficar parados. Temos de ir ver o nosso Salvador, deitado numa manjedoura”. A um povo que, há dois mil anos, percorre todas as estradas do mundo para tornar cada ser humano participante desta alegria, é confiada a missão de dar a conhecer o "Príncipe da paz" e tornar-se um instrumento eficaz d’Ele no meio das nações: “Por isso, quando ouvirmos falar do nascimento de Cristo, permaneçamos em silêncio e deixemos que seja aquele Menino a falar; gravemos no nosso coração as suas palavras, sem afastar o olhar do seu rosto. Se O tomarmos nos nossos braços e nos deixarmos abraçar por Ele, dar-nos-á a paz do coração que jamais terá fim. Este Menino ensina-nos aquilo que é verdadeiramente essencial na nossa vida. Nasce na pobreza do mundo, porque, para Ele e sua família, não há lugar na hospedaria. Encontra abrigo e proteção num estábulo e é deitado numa manjedoura para animais. E todavia, a partir deste nada, surge a luz da glória de Deus. A partir daqui, para os homens de coração simples, começa o caminho da verdadeira libertação e do resgate perene”.
“Deste Menino, que no seu rosto traz gravados os traços da bondade, da misericórdia e do amor de Deus Pai – disse o Santo Padre - brota, em todos nós, seus discípulos”, a vontade de “renúncia à impiedade” e à riqueza do mundo, para vivermos “com sobriedade, justiça e piedade”:
“Numa sociedade frequentemente embriagada de consumo e prazer, de abundância e luxo, de aparência e narcisismo, Ele chama-nos a um comportamento sóbrio, isto é, simples, equilibrado, linear, capaz de individuar e viver o essencial. Num mundo que demasiadas vezes é duro com o pecador e brando com o pecado, há necessidade de cultivar um forte sentido da justiça, de buscar e pôr em prática a vontade de Deus. No seio duma cultura da indiferença, que não raramente acaba por ser cruel, o nosso estilo de vida seja, pelo contrário, cheio de piedade, empatia, compaixão, misericórdia, extraídas diariamente do poço de oração”.
O Papa conclui, pedindo que assim como os pastores de Belém, “também os nossos olhos possam encher-se de espanto e maravilha, contemplando no Menino Jesus o Filho de Deus. E, diante d’Ele, brote dos nossos corações a invocação: “Mostra-nos, Senhor, a tua misericórdia, concede-nos a tua salvação””. (JE)
Fonte: Radio Vaticano
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