04/07/2016 14:59 - VANDERLÚCIO SOUZA
Em passagem pelo mosteiro Cartuxo, na cidade de Luca, na Itália, padre Antonio Furtado, sacerdote da Comunidade Católica Shalom, ganhou algumas relíquias, dentre elas uma fita que veio da Grécia, chamada de Cinta de Nossa Senhora. O tecido segundo os monges que presentearam o padre havia sido tocado originalmente em Nossa Senhora, e guardado, de acordo com a tradição, pelo Apóstolo são Tomé, no Monte Atos, uma montanha e península na Grécia.
O sacerdote só deu conta da importância da relíquia quando assistira a uma reportagem que mostrara a ida pela primeira vez da relíquia original do Monte Atos à Rússia, em novembro de 2015, atraindo mais de três milhões de pessoas.
O padre conta que a relíquia ficará exposta nesta quinta-feira, dia 7 de julho, durante a Missa em favor dos enfermos que será celebrada na intenção dos casais que querem ter filhos, no Shalom da Paz (Rua Maria Tomásia, 72, Aldeota). “A relíquia verdadeira foi à Rússia devido à baixa natalidade naquele país”, explica padre Antonio Furtado.
A passagem da Cinta pela Rússia
A permanência de uma relíquia cristã, o Cinto da Virgem Santíssima, na Rússia se tornou um evento sem precedentes na história da Igreja Ortodoxa Russa. Foi a primeira vez em muitos séculos que as pessoas da Rússia puderam ver e venerar esta relíquia. Durante duzentos anos ela permaneceu na Grécia. Se crê que a Virgem Maria teceu, ela própria, este Cinto com lã de camelo e usou-o durante a gravidez. Afirma-se que a relíquia ajuda a curar a esterilidade das mulheres e contribui para tornar a gravidez e o parto sadios.
Durante a viagem de mais de um mês pelas cidades russas, cerca de três milhões de pessoas veneraram a relíquia do monte Athos. A 28 de novembro, de manhã, a relíquia deixou o território da Rússia e retornou para o mosteiro de Vatoped no Monte Athos, onde se encontra desde meados do século XIV.
O Cinto da Virgem Santíssima percorreu dezenas de cidades nas partes sul, norte, este e oeste do país. O último ponto da sua viagem foi Moscou. Inicialmente planejava-se que o Cinto estaria na capital durante dois dias. Mas depois foi resolvido prorrogar a sua permanência por mais três dias e depois por mais um dia. Apesar disso, um grande número de moscovitas e de peregrinos de outros locais não conseguiram venerar a relíquia.
Durante a permanência do Cinto da Virgem Santíssima no Templo do Cristo Salvador – a principal catedral da Rússia – o tráfego em Moscou ficou paralisado parcialmente por causa da multidão enorme de peregrinos. As autoridades da cidade fizeram o possível para que a espera na fila fosse ao máximo confortável para os crentes que desejavam venerar a relíquia. Ao longo da fila de muitos quilômetros sempre estiveram de plantão médicos e veículos de pronto socorro, ônibus onde as pessoas se podiam aquecer e cozinhas de campanha que distribuíam mingau e chá.
A permanência do Cinto da Virgem Santíssima comprovou não somente a firmeza e a força da fé ortodoxa, mas também a força da Santa Rússia, assevera o patriarca Kirill, supremo pontífice da Igreja Ortodoxa Russa.
As provações do século XX privaram-nos de muito daquilo que constituía a força e a glória do nosso povo. Debilitou a fé, se degradaram alguns aspectos da vida social e o talento do homem russo não se revela com a mesma clareza. Muitos pensavam que jamais sairíamos deste torpor, engendrado pelas tragédias terríveis do século XX. Mas a vinda do Cinto da Virgem Santíssima revelou-nos de repente o mais forte momento que se preserva na vida do povo – a fé forte, sincera e ardorosa das pessoas. E enquanto esta fé estiver viva, a Santa Rússia Ortodoxa vai viver também.
Fonte: O Ancoradouro
Em passagem pelo mosteiro Cartuxo, na cidade de Luca, na Itália, padre Antonio Furtado, sacerdote da Comunidade Católica Shalom, ganhou algumas relíquias, dentre elas uma fita que veio da Grécia, chamada de Cinta de Nossa Senhora. O tecido segundo os monges que presentearam o padre havia sido tocado originalmente em Nossa Senhora, e guardado, de acordo com a tradição, pelo Apóstolo são Tomé, no Monte Atos, uma montanha e península na Grécia.
O sacerdote só deu conta da importância da relíquia quando assistira a uma reportagem que mostrara a ida pela primeira vez da relíquia original do Monte Atos à Rússia, em novembro de 2015, atraindo mais de três milhões de pessoas.
O padre conta que a relíquia ficará exposta nesta quinta-feira, dia 7 de julho, durante a Missa em favor dos enfermos que será celebrada na intenção dos casais que querem ter filhos, no Shalom da Paz (Rua Maria Tomásia, 72, Aldeota). “A relíquia verdadeira foi à Rússia devido à baixa natalidade naquele país”, explica padre Antonio Furtado.
A passagem da Cinta pela Rússia
A permanência de uma relíquia cristã, o Cinto da Virgem Santíssima, na Rússia se tornou um evento sem precedentes na história da Igreja Ortodoxa Russa. Foi a primeira vez em muitos séculos que as pessoas da Rússia puderam ver e venerar esta relíquia. Durante duzentos anos ela permaneceu na Grécia. Se crê que a Virgem Maria teceu, ela própria, este Cinto com lã de camelo e usou-o durante a gravidez. Afirma-se que a relíquia ajuda a curar a esterilidade das mulheres e contribui para tornar a gravidez e o parto sadios.
Durante a viagem de mais de um mês pelas cidades russas, cerca de três milhões de pessoas veneraram a relíquia do monte Athos. A 28 de novembro, de manhã, a relíquia deixou o território da Rússia e retornou para o mosteiro de Vatoped no Monte Athos, onde se encontra desde meados do século XIV.
O Cinto da Virgem Santíssima percorreu dezenas de cidades nas partes sul, norte, este e oeste do país. O último ponto da sua viagem foi Moscou. Inicialmente planejava-se que o Cinto estaria na capital durante dois dias. Mas depois foi resolvido prorrogar a sua permanência por mais três dias e depois por mais um dia. Apesar disso, um grande número de moscovitas e de peregrinos de outros locais não conseguiram venerar a relíquia.
Durante a permanência do Cinto da Virgem Santíssima no Templo do Cristo Salvador – a principal catedral da Rússia – o tráfego em Moscou ficou paralisado parcialmente por causa da multidão enorme de peregrinos. As autoridades da cidade fizeram o possível para que a espera na fila fosse ao máximo confortável para os crentes que desejavam venerar a relíquia. Ao longo da fila de muitos quilômetros sempre estiveram de plantão médicos e veículos de pronto socorro, ônibus onde as pessoas se podiam aquecer e cozinhas de campanha que distribuíam mingau e chá.
A permanência do Cinto da Virgem Santíssima comprovou não somente a firmeza e a força da fé ortodoxa, mas também a força da Santa Rússia, assevera o patriarca Kirill, supremo pontífice da Igreja Ortodoxa Russa.
As provações do século XX privaram-nos de muito daquilo que constituía a força e a glória do nosso povo. Debilitou a fé, se degradaram alguns aspectos da vida social e o talento do homem russo não se revela com a mesma clareza. Muitos pensavam que jamais sairíamos deste torpor, engendrado pelas tragédias terríveis do século XX. Mas a vinda do Cinto da Virgem Santíssima revelou-nos de repente o mais forte momento que se preserva na vida do povo – a fé forte, sincera e ardorosa das pessoas. E enquanto esta fé estiver viva, a Santa Rússia Ortodoxa vai viver também.
Fonte: O Ancoradouro
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