De acordo com Dom João Bosco, a vida, dom de Deus, “é muitas vezes desvalorizada, desrespeitada, não é suficientemente bem cuidada como devia ser, como um presente de Deus”.
Nesse sentido, assinalou ao site da CNBB que “celebramos a Semana da Vida primeiro como uma grande ação de graças a Deus pela vida que nós recebemos, pela nossa vida pessoal, das pessoas que nós amamos e todas as pessoas do mundo e do mundo em que nós vivemos”.
Outra motivação para esta semana é “lembrar certos compromissos que nós temos com a vida para que ela seja cada vez mais desenvolvida, mais viva e também compartilhada por todas as pessoas”.
A Semana Nacional da Vida e o Dia do Nascitura foram instituídos em 2005, pela 43ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil. Além da Comissão para a Vida e a Família da CNBB, a iniciativa é promovida também pela Comissão Nacional da Pastoral Familiar.
O objetivo é propor à sociedade o debate sobre os cuidados, proteção e a dignidade da vida humana, em todas as suas fases, desde a concepção até o seu fim natural.
Conforme ressaltou Dom João Bosco, o nascituro “merece todo nosso carinho de ser acolhido no nosso mundo com todas as condições de se desenvolver e se tornar uma pessoa humana”.
O presidente da Comissão para a Vida e a Família ressaltou ainda que a vida, antes de nascer, é muitas vezes agredida, não só pelo aborto, “que é um crime, um atentado contra o Deus da vida”, mas também pela ausência dos cuidados que a mãe deve ter e receber durante a gestação.
“E assim – expressou o Prelado – a gente celebre o dia do nascituro com uma esperança que não haja ninguém que venha ao mundo sem ser devidamente preparado, querido e amado. É o que a gente espera do dia do nascituro”.
Hora da vida
Para a celebração da Semana Nacional da Vida, a Comissão Vida e Família e a Pastoral Familiar preparam anualmente o subsídio “Hora da Vida, com conteúdos para reflexão, orações e informações relacionadas à vida e à sociedade.
Com o tema “Vida e Sociedade” para a Semana Nacional da Vida, o material aborda variados assuntos, tais como: “A vida humana: dom para a família e a sociedade”; “A ideologia de gênero e a negação da criação como dom de Deus”; “A via política – caminho para promover e defender a vida”; “Os cristãos e o compromisso com a vida” e “Juntos pela vida”.
“Esses temas são tratados de forma muito clara e didática, simples de entender, mas, ao mesmo tempo, profundos em seu conteúdo. Por isso, recomendo às nossas comunidades, à Pastoral Familiar que tenham em mão esse livro”, motivou Dom Bosco.
O livro traz ainda uma proposta de Vigília Eucarística em favor da vida e uma Oração do Jovem.
Fonte: ACI digital
Redação A12, 22 de Setembro de 2016
O Conselho Pastoral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) emitiu nesta quarta-feira (21), Nota Oficial para manifestar a posição do episcopado com relação a Ação Direta de Inconstitucionalidade-ADI 5581 que tramita no Supremo Tribunal Federal-STF. Essa ADI questiona a lei 13.301/2016 que trata da adoção de medidas de vigilância em saúde, relativas ao vírus da dengue, chikungunya e zika.
Os bispos concordam que é urgente “que o Governo implemente políticas públicas para enfrentar efetivamente o vírus da zika, como, por exemplo, um eficiente diagnóstico e acompanhamento na rede pública de saúde”. No entanto, consideram estranho e indigno que se introduza nesse contexto da ADI a questão do aborto: “É uma incoerência que ela defenda os direitos da criança afetada pela síndrome congênita e, ao mesmo tempo, elimine seu direito de nascer”.
Intitulada "Em defesa da integridade da vida", a Nota da CNBB destaca a posição tradicional da Igreja sobre o aborto e traz uma denúncia sobre os interesses de grupos que que se aproveitam para colocar a questão do aborto no contexto do debate da ADI. Leia abaixo na íntegra:
NOTA DA CNBB EM DEFESA DA INTEGRIDADE DA VIDA
“ Escolhe, pois, a vida, para que vivas. ” (Dt 30,19b)
O Conselho Episcopal Pastoral – CONSEP, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, reunido em Brasília-DF, nos dias 20 e 21 de setembro de 2016, vem manifestar sua posição com relação a Ação Direta de Inconstitucionalidade-ADI 5581 que tramita no Supremo Tribunal Federal-STF. Essa ADI questiona a lei 13.301/2016 que trata da adoção de medidas de vigilância em saúde, relativas ao vírus da dengue, chikungunya e zika.
Urge, de fato, como pede a ADI, que o Governo implemente políticas públicas para enfrentar efetivamente o vírus da zika, como, por exemplo, um eficiente diagnóstico e acompanhamento na rede pública de saúde. Além disso, seja estendido por toda a vida o benefício para criança com microcefalia e não por apenas três anos, como estabelece o artigo 18 da lei 13.301/2016. Ao contrário do que prevê o parágrafo segundo desse artigo, o benefício seja concedido imediatamente ao nascimento da criança e não após a cessação do salário maternidade.
Causa-nos estranheza e indignação a introdução do aborto na ADI. É uma incoerência que ela defenda os direitos da criança afetada pela síndrome congênita e, ao mesmo tempo, elimine seu direito de nascer. Nenhuma deficiência, por mais grave que seja, diminui o valor e a dignidade da vida humana e justifica o aborto. “Merecem grande admiração as famílias que enfrentam com amor a difícil prova de um filho com deficiência. Elas dão à Igreja e à sociedade um precioso testemunho de fidelidade ao dom da vida” (Papa Francisco, Amoris Laetitia, 47).
Repudiamos o aborto e quaisquer iniciativas que atentam contra a vida, particularmente, as que se aproveitam das situações de fragilidade que atingem as famílias. São atitudes que utilizam os mais vulneráveis para colocar em prática interesses de grupos que mostram desprezo pela integridade da vida humana.
As paralimpíadas trouxeram uma lição a ser assimilada por todos. O sentimento humano que brota da realidade dos atletas paralímpicos, particularmente das crianças que participaram das cerimônias festivas, nasce da certeza de que a humanidade se revela ainda mais na fragilidade.
Solidarizamo-nos com as famílias que convivem com a realidade da microcefalia e pedimos às nossas comunidades que lhes ofereçam acolhida e apoio. Rogamos a proteção de Nossa Senhora, Mãe de Jesus, para todos os brasileiros e brasileiras.
Dom Sergio da Rocha
Arcebispo de Brasília
Presidente da CNBB
Dom Murilo Sebastião Ramos Krieger
Arcebispo de São Salvador da Bahia
Vice-Presidente da CNBB
Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário-Geral da CNBB
Arcebispo de Brasília
Presidente da CNBB
Dom Murilo Sebastião Ramos Krieger
Arcebispo de São Salvador da Bahia
Vice-Presidente da CNBB
Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário-Geral da CNBB
Comentários
Postar um comentário