Em um comunicado oficial publicado no domingo, 2 de outubro, pela Arquidiocese de Rouen, à qual o sacerdote pertencia, destacaram que o Arcebispo Dominique Lebrun “foi informado pela Congregação romana das Causas dos Santos que o Papa Francisco dispensou a espera de 5 anos exigidos habitualmente antes de iniciar a investigação oficial em vistas à beatificação”.
Normalmente, o tempo de espera para começar uma causa de beatificação são 5 anos depois da morte do servo de Deus. Os casos mais conhecidos desta dispensa nos últimos anos foram o da Madre Teresa de Calcutá e o de São João Paulo II.
“Em agradecimento ao Papa por este gesto excepcional, o Arcebispo de Rouen decide neste dia reabrir a igreja de Saint-Etienne-du-Rouvray”, onde o Pe. Hamel foi assassinado, pois o templo permanecia fechado desde o dia deste acontecimento lamentável.
O anúncio do Arcebispo foi realizado alguns dias depois da Missa celebrada pelo Santo Padre na capela da Casa Santa Marta, na qual o Prelado esteve acompanhado por um grupo de fiéis de Rouen para recordar o Pe. Hamel.
Nessa homilia, o Papa Francisco disse que o sacerdote falecido “é um mártir! E os mártires são beatos – devemos rezar para ele!”.
Do mesmo modo, o Pontífice ressaltou durante a celebração: “Que esse exemplo de coragem, mas também de martírio da própria vida, de esvaziar a si mesmo para ajudar os outros, de fazer fraternidade entre os homens, ajude todos nós a ir avante sem medo”.
Durante a coletiva de imprensa no voo papal do último domingo ao retornar do Azerbaijão para Roma, o Santo Padre foi perguntado por um jornalista francês sobre o anúncio feito pela Arquidiocese de Rouen, se realmente já foi aberta a causa de beatificação do Pe. Hamel.
O Pontífice respondeu: “Não. É necessário procurar testemunhos para abrir o processo, é muito importante não perder os testemunhos, pois os testemunhos frescos são aqueles que as pessoas viram, e com o passar do tempo, alguns podem morrer, outros se esquecem disso, é por isso. Em latim se diz ‘Ne pereant probationes’...”.
Além disso, o Papa Francisco disse que falou com o Cardeal Angelo Amato, Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos e afirmou: “Realizaremos o estudo e ele dará a última notícia, mas a intenção é andar nesta linha, realizar a investigação necessária e analisar se existem razões para abrir” o processo.
Fonte: ACI digital
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