ROMA, 28 Out. 16 / 01:00 pm (ACI).- A cruz de Jesus está voltando a ser erguida mais uma vez em muitas regiões do Iraque onde o Estado Islâmico (ISIS) foi deixando seu rastro de ódio e destruição desde 2014.
Desde que começou a ofensiva militar para recuperar a área onde está localizada a cidade de Mossul, o reduto do ISIS no Iraque, foram publicados diversos vídeos nos quais é possível ver o “Povo da Cruz” recuperando seus lares.
Em cada povoado libertado, construíram cruzes de madeira e colocaram-nas nos tetos das igrejas e das casas.
A expressão “o Povo da Cruz” foi utilizado pelo ISIS quando decapitou 21 cristãos egípcios, em fevereiro do 2015.
O Estado Islâmico um ódio particular pela cruz e isso, segundo várias pessoas, é a motivação religiosa dos seus atos.
Um jornalista da agência de notícias ‘Ankawa’ indicou que quando os terroristas do ISIS tomaram a cidade de Mossul, tiraram as cruzes das cúpulas das igrejas. Também destruíram os ícones e as cruzes das casas dos cristãos que viviam nesse local.
Muitos muçulmanos acreditam que quebrar uma cruz é símbolo do que acontecerá no final dos tempos. Assinalam que Maomé profetizou que quando Isa voltar (o “Jesus muçulmano”), ele “brigará pela causa do Islã. Ele quebrará a cruz, matará os porcos, abolirá a jizya (imposto que os não muçulmanos pagam)” e estabelecerá o reinado de Alá no mundo.
Mas, alguns anos depois que quebraram as cruzes em Mossul, o símbolo do triunfo de Jesus sobre a morte voltou.
Nesta semana, a página do Facebook “This is Christian Iraq” (Este é o Iraque cristão) publicou um vídeo no qual aparecem dois sacerdotes e dois soldados do exército iraquiano erguendo uma cruz construída com pedaços de madeira com arame de cobre no teto da Igreja de Al-Tahira, localizada na planície do Nínive.
A Igreja do Al Tahira (A Igreja da Imaculada Conceição) é de rito católico caldeu, que data do século VII. Em 2014, algumas fontes indicaram que membros do ISIS destruíram a imagem da Virgem Maria fora do templo. Desde então, muitos ícones e sacramentais que estavam dentro da igreja forma destruídos, colocaram fogo dentro da igreja e quebraram as suas janelas.
Mas, atualmente, há esperança de que 50 mil cristãos que foram obrigados a ir embora de Qaraqosh possam voltar.
“Estou muito feliz que possamos volta à nossa igreja”, comentou ao jornal ‘The Daily Beast’ o Pe. Amar, um dos sacerdotes que ajudou a construir a nova cruz.
Esta esperança se mistura com a dor de ver tantas igrejas e símbolos cristãos destruídos. “É muito difícil para nós ver a nossa cidade assim. Tudo está prejudicado, estão vendo que falta o sino da igreja? Por que eles o destruíram? Eu não sei”, disse o Pe. Amar.
Outro vídeo publicado por ‘France 24’ mostra imagens da libertação de Bartella, uma aldeia cristã localizada perto de Mossul. Como um gesto simbólico e emotivo, os soldados cristãos também construíram uma cruz e a colocaram no teto da igreja.
Nos muros da igreja, o Estado Islâmico escreveu: “Nosso Deus é maior do que a cruz”.
Um capitão do exército iraquiano disse ao ‘International Business Times’ que a luta por recuperar Bartella foi mais difícil do que as outras, provavelmente pelo sentido religioso da aldeia.
Há alguns dias, tocaram os sinos da igreja de Bartella pela primeira vez após dois anos de ocupação do Estado Islâmico.
Em outro vídeo, pode-se ver um sacerdote ortodoxo e um sacerdote sírio-católico rezando em aramaico na igreja de Bartella junto com soldados muçulmanos.
A perseguição cristã no Iraque começou com o terror islâmico e a invasão dos Estados Unidos em 2003. Foi intensificada depois com a aparição do Estado Islâmico em 2014.
Centenas de milhares de cristãos foram assassinados ou obrigados a abandonar seus lares. Inclusive, diminuiu o número de cristãos. Em 2003 havia 1 milhão e meio. Agora, há aproximadamente 500 mil.
Embora a batalha sobre Mossul tenha libertado muitas aldeias cristãs, isto teve um preço muito alto. A Organização das Nações Unidas advertiu que o ISIS está usando os civis como escudos humanos. A rede CNN indicou que aproximadamente 285 homens e crianças foram usados como escudos há alguns dias e seus corpos foram colocados em uma fossa comum.
Os militares conseguiram retirar apenas 550 famílias ao redor da cidade, a fim de que não fossem utilizadas como escudos.
Em um comunicado publicado nesta semana, o Supremo Cavaleiro dos Cavaleiros de Colombo, Carl Anderson, assinalou que não basta libertar Mossul e a planície de Nínive.
“As celebrações pela libertação das históricas aldeias cristãs em Nínive não devem obscurecer o fato de que os grupos minoritários que viveram neste local há algumas gerações estão deslocados e correm o risco de desaparecer”.
Os Cavaleiros de Colombo ajudam os cristãos do Oriente Médio. No começo deste ano, conseguiram que o Departamento de Estado dos Estados Unidos reconhecesse o genocídio das minorias religiosas nas mãos do ISIS.
Também criaram uma fundação para arrecadar dinheiro para conseguir alimentos, roupas, refúgio, educação e assistência médica aos cristãos da região. Até agora foram arrecadados 10,5 milhões de dólares.
Para ajudar as vítimas do genocídio cristão no Oriente Médio, acesse este link.
Fonte: ACI digital
Desde que começou a ofensiva militar para recuperar a área onde está localizada a cidade de Mossul, o reduto do ISIS no Iraque, foram publicados diversos vídeos nos quais é possível ver o “Povo da Cruz” recuperando seus lares.
Em cada povoado libertado, construíram cruzes de madeira e colocaram-nas nos tetos das igrejas e das casas.
A expressão “o Povo da Cruz” foi utilizado pelo ISIS quando decapitou 21 cristãos egípcios, em fevereiro do 2015.
O Estado Islâmico um ódio particular pela cruz e isso, segundo várias pessoas, é a motivação religiosa dos seus atos.
Um jornalista da agência de notícias ‘Ankawa’ indicou que quando os terroristas do ISIS tomaram a cidade de Mossul, tiraram as cruzes das cúpulas das igrejas. Também destruíram os ícones e as cruzes das casas dos cristãos que viviam nesse local.
Muitos muçulmanos acreditam que quebrar uma cruz é símbolo do que acontecerá no final dos tempos. Assinalam que Maomé profetizou que quando Isa voltar (o “Jesus muçulmano”), ele “brigará pela causa do Islã. Ele quebrará a cruz, matará os porcos, abolirá a jizya (imposto que os não muçulmanos pagam)” e estabelecerá o reinado de Alá no mundo.
Mas, alguns anos depois que quebraram as cruzes em Mossul, o símbolo do triunfo de Jesus sobre a morte voltou.
Nesta semana, a página do Facebook “This is Christian Iraq” (Este é o Iraque cristão) publicou um vídeo no qual aparecem dois sacerdotes e dois soldados do exército iraquiano erguendo uma cruz construída com pedaços de madeira com arame de cobre no teto da Igreja de Al-Tahira, localizada na planície do Nínive.
A Igreja do Al Tahira (A Igreja da Imaculada Conceição) é de rito católico caldeu, que data do século VII. Em 2014, algumas fontes indicaram que membros do ISIS destruíram a imagem da Virgem Maria fora do templo. Desde então, muitos ícones e sacramentais que estavam dentro da igreja forma destruídos, colocaram fogo dentro da igreja e quebraram as suas janelas.
Mas, atualmente, há esperança de que 50 mil cristãos que foram obrigados a ir embora de Qaraqosh possam voltar.
“Estou muito feliz que possamos volta à nossa igreja”, comentou ao jornal ‘The Daily Beast’ o Pe. Amar, um dos sacerdotes que ajudou a construir a nova cruz.
Esta esperança se mistura com a dor de ver tantas igrejas e símbolos cristãos destruídos. “É muito difícil para nós ver a nossa cidade assim. Tudo está prejudicado, estão vendo que falta o sino da igreja? Por que eles o destruíram? Eu não sei”, disse o Pe. Amar.
Outro vídeo publicado por ‘France 24’ mostra imagens da libertação de Bartella, uma aldeia cristã localizada perto de Mossul. Como um gesto simbólico e emotivo, os soldados cristãos também construíram uma cruz e a colocaram no teto da igreja.
Nos muros da igreja, o Estado Islâmico escreveu: “Nosso Deus é maior do que a cruz”.
Um capitão do exército iraquiano disse ao ‘International Business Times’ que a luta por recuperar Bartella foi mais difícil do que as outras, provavelmente pelo sentido religioso da aldeia.
Há alguns dias, tocaram os sinos da igreja de Bartella pela primeira vez após dois anos de ocupação do Estado Islâmico.
Em outro vídeo, pode-se ver um sacerdote ortodoxo e um sacerdote sírio-católico rezando em aramaico na igreja de Bartella junto com soldados muçulmanos.
A perseguição cristã no Iraque começou com o terror islâmico e a invasão dos Estados Unidos em 2003. Foi intensificada depois com a aparição do Estado Islâmico em 2014.
Centenas de milhares de cristãos foram assassinados ou obrigados a abandonar seus lares. Inclusive, diminuiu o número de cristãos. Em 2003 havia 1 milhão e meio. Agora, há aproximadamente 500 mil.
Embora a batalha sobre Mossul tenha libertado muitas aldeias cristãs, isto teve um preço muito alto. A Organização das Nações Unidas advertiu que o ISIS está usando os civis como escudos humanos. A rede CNN indicou que aproximadamente 285 homens e crianças foram usados como escudos há alguns dias e seus corpos foram colocados em uma fossa comum.
Os militares conseguiram retirar apenas 550 famílias ao redor da cidade, a fim de que não fossem utilizadas como escudos.
Em um comunicado publicado nesta semana, o Supremo Cavaleiro dos Cavaleiros de Colombo, Carl Anderson, assinalou que não basta libertar Mossul e a planície de Nínive.
“As celebrações pela libertação das históricas aldeias cristãs em Nínive não devem obscurecer o fato de que os grupos minoritários que viveram neste local há algumas gerações estão deslocados e correm o risco de desaparecer”.
Os Cavaleiros de Colombo ajudam os cristãos do Oriente Médio. No começo deste ano, conseguiram que o Departamento de Estado dos Estados Unidos reconhecesse o genocídio das minorias religiosas nas mãos do ISIS.
Também criaram uma fundação para arrecadar dinheiro para conseguir alimentos, roupas, refúgio, educação e assistência médica aos cristãos da região. Até agora foram arrecadados 10,5 milhões de dólares.
Para ajudar as vítimas do genocídio cristão no Oriente Médio, acesse este link.
Fonte: ACI digital
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