O Santo Padre recordou que o reinado de Jesus “é um reinado de orientação, de serviço e também um reinado que, no final dos tempos, será afirmado como um julgamento. Hoje temos diante de nós Cristo como rei, pastor e juiz, que mostra os critérios de pertença ao Reino de Deus”.
“O Evangelho de hoje começa com uma visão grandiosa. Jesus se dirige aos seus discípulos e diz: ‘Quando o Filho do Homem vier em sua glória, acompanhado de todos os anjos, então se assentará em seu trono glorioso’. Esta é a apresentação solene da história do Juízo Universal”, explicou.
Então, o Juízo começará: “Disse-lhes aos que estão à sua direita: ‘Vinde! Recebei como herança o Reino que meu Pai vos preparou desde a criação do mundo! Pois eu estava com fome e me destes de comer; eu estava com sede e me destes de beber; eu era estrangeiro e me recebestes em casa; eu estava nu e me vestistes; eu estava doente e cuidastes de mim; eu estava na prisão e fostes me visitar”.
Ante essa afirmação, “os justos ficam surpresos, porque não se lembram de ter encontrado antes Jesus e muito menos de tê-lo ajudado daquela forma. Então Ele declara: ‘todas as vezes que fizestes isso a um dos menores de meus irmãos, foi a mim que o fizestes!’”.
“Estas palavras – continuou o Papa - nunca deixam de nos surpreender, porque nos revela até que ponto chega o amor de Deus: até o ponto de se colocar em nosso lugar, mas não quando estamos bem, saudáveis e felizes. Não, só quando estamos necessitados. E desta forma, escondida, Ele se deixa encontrar, nos estende a mão, como um mendicante”.
Assim, “Jesus revela o critério decisivo de seu juízo, ou seja, o amor concreto pelo próximo com dificuldades. E assim revela o poder do amor, a realeza de Deus: solidário com quem sofre para suscitar em todos os lugares atitudes e obras de misericórdia”.
“A parábola do Juízo continua apresentando o Rei que afasta de si aqueles que durante a sua vida não se preocuparam pelas necessidades de seus irmãos. Também neste caso, eles ficam surpresos e perguntam: ‘Senhor, quando foi que te vimos com fome, ou com sede, como estrangeiro, ou nu, doente ou preso, e não te servimos?’. Deste modo, queriam dizer: ‘Se tivéssemos visto, certamente teríamos ajudado!’ Mas o rei responde: ‘Todas as vezes que não fizestes isso a um desses pequeninos, foi a mim que não o fizestes!’”.
O Pontífice insistiu: “No fim de nossas vidas, seremos julgados pelo amor, isto é, pelo nosso esforço concreto em amar e servir Jesus em nossos irmãos menores e necessitados”. E recordou: “Aquele mendicante, aquele afamado, aquele encarcerado, aquele doente é Jesus. Pensemos nisto”.
“Jesus virá no final dos tempos para julgar todas as nações, mas vem a nós todos os dias, em muitas maneiras, e nos pede para acolhê-lo. Que a Virgem Maria nos ajude a encontrá-lo e recebê-lo em sua Palavra e na Eucaristia, e ao mesmo tempo, nos irmãos e irmãs que sofrem com a fome, a doença, a opressão, a injustiça”, concluiu.
Fonte: ACI digital
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