Fiquem vigiando
1º Domingo do Advento – Ano B
1º Domingo do Advento – Ano B
Evangelho de Mateus 13, 33-37
* 33 Prestem atenção! Não fiquem dormindo, porque vocês não sabem quando vai ser o momento. 34 Vai acontecer como a um homem que partiu para o estrangeiro. Ele deixou a casa, distribuiu a tarefa a cada um dos empregados, e mandou o porteiro ficar vigiando. 35 Vigiem, portanto, porque vocês não sabem quando o dono da casa vai voltar; pode ser à tarde, à meia-noite, de madrugada ou pelo amanhecer. 36 Se ele vier de repente, não deve encontrá-los dormindo. 37 O que eu digo a vocês, digo a todos: Fiquem vigiando.»
Reflexão
Estar pronto para Cristo
Começa o Advento, início do novo ano litúrgico (ano B). Na 1ª leitura, o profeta Isaías provoca Deus a “rasgar o céu”e a descer para nos salvar. Estamos murchos como folhas mortas. E, contudo, Deus é nosso Pai, nós somos obras de suas mãos. Como o povo humilhado, no tempo do exílio babilônico, fazemos nosso o desejo de que Deus venha nos socorrer. Encontrar-se com Deus não é motivo de terror, mas de esperança. Se nos voltarmos para ele, ele se voltará para nós. Na 2ª leitura, Paulo nos assegura que Deus nos fortalecerá até o fim, quando Cristo abrirá o céu e descerá para nos fazer entrar em sua glória. O encontro definitivo com Deus significa para o cristão a plena manifestação daquilo que Cristo iniciou. O evangelho, todavia, adverte: não sabemos quando o Senhor voltará para pedir contas do serviço que ele deixou em nossas mãos. Por isso, convém vigiar. A ressurreição de Jesus é como a viagem de um empresário. Enquanto ele está fisicamente longe somos nós os responsáveis por sua obra. Ora, a obra que Jesus iniciou e levou a termo, até a morte, foi a obra da justiça e do amor fraterno. Quando nos empenhamos por isso, sua obra acontece. A causa de Deus é causa nossa. Devemos sempre estar preocupados com o amor fraterno, que Jesus deixou aos nossos cuidados e do qual ele mesmo deu o exemplo até o fim. O ano litúrgico é o espelho de nossa vida. Desde o início, coloca-nos na presença permanente de Deus como sentido último de nossa vida, a cada momento. Põe diante de nossos olhos a vocação final: o encontro com Cristo na glória de seu pai. Nesta perspectiva, sentimo-nos obra inacabada, mas em Cristo temos o exemplo e a garantia do acabamento que Deus nos quer conferir: uma vida doada no amor até o fim. Jesus, ressuscitado e vivo na glória do Pai, quer vir até nós, para completar a obra do Pai em nós e nos aperfeiçoar no amor fraterno, com a condição de sermos encontrados empenhados no serviço que ele nos confia. Advento é preparação para Natal, celebração da vinda de Jesus no meio de nós. Vinda no presépio, mas também vinda no dia-a-dia e no encontro definitivo. Advento significa que nos preparamos para nos encontrar com ele, na alegria, cuidando do amor que ele veio aperfeiçoar em nós. Deus nos respeita tanto que conta com a nossa colaboração; a salvação não vem só de um lado. Em Jesus, ele nos mostrou em que consiste sermos salvos: em sermos como Jesus, agora, na vida terrena, e eternamente, na glória. Essa é a parte da salvação que Deus realiza. A nossa parte é: estarmos prontos, acatarmos sua obra, no amor disponível e eficaz de cada dia. Muitos hoje, se sentem abandonados, deprimidos. Existe até uma indústria da depressão, procurando vender remédios antidepressivos… “Há alguém que se preocupe comigo?”, pergunta o deprimido. Mas talvez ele não se prontifique para encontrar. Aquele que transforma nossa vida debilitada em esperança engajada… Por isso, a liturgia de hoje nos ensina a correr ao seu encontro! Do livro “Liturgia Dominical”, de Johan Konings, SJ, Editora Vozes.
Do livro “Liturgia Dominical”, de Johan Konings, SJ, Editora Vozes.
Estar pronto para Cristo
Começa o Advento, início do novo ano litúrgico (ano B). Na 1ª leitura, o profeta Isaías provoca Deus a “rasgar o céu”e a descer para nos salvar. Estamos murchos como folhas mortas. E, contudo, Deus é nosso Pai, nós somos obras de suas mãos. Como o povo humilhado, no tempo do exílio babilônico, fazemos nosso o desejo de que Deus venha nos socorrer. Encontrar-se com Deus não é motivo de terror, mas de esperança. Se nos voltarmos para ele, ele se voltará para nós. Na 2ª leitura, Paulo nos assegura que Deus nos fortalecerá até o fim, quando Cristo abrirá o céu e descerá para nos fazer entrar em sua glória. O encontro definitivo com Deus significa para o cristão a plena manifestação daquilo que Cristo iniciou. O evangelho, todavia, adverte: não sabemos quando o Senhor voltará para pedir contas do serviço que ele deixou em nossas mãos. Por isso, convém vigiar. A ressurreição de Jesus é como a viagem de um empresário. Enquanto ele está fisicamente longe somos nós os responsáveis por sua obra. Ora, a obra que Jesus iniciou e levou a termo, até a morte, foi a obra da justiça e do amor fraterno. Quando nos empenhamos por isso, sua obra acontece. A causa de Deus é causa nossa. Devemos sempre estar preocupados com o amor fraterno, que Jesus deixou aos nossos cuidados e do qual ele mesmo deu o exemplo até o fim. O ano litúrgico é o espelho de nossa vida. Desde o início, coloca-nos na presença permanente de Deus como sentido último de nossa vida, a cada momento. Põe diante de nossos olhos a vocação final: o encontro com Cristo na glória de seu pai. Nesta perspectiva, sentimo-nos obra inacabada, mas em Cristo temos o exemplo e a garantia do acabamento que Deus nos quer conferir: uma vida doada no amor até o fim. Jesus, ressuscitado e vivo na glória do Pai, quer vir até nós, para completar a obra do Pai em nós e nos aperfeiçoar no amor fraterno, com a condição de sermos encontrados empenhados no serviço que ele nos confia. Advento é preparação para Natal, celebração da vinda de Jesus no meio de nós. Vinda no presépio, mas também vinda no dia-a-dia e no encontro definitivo. Advento significa que nos preparamos para nos encontrar com ele, na alegria, cuidando do amor que ele veio aperfeiçoar em nós. Deus nos respeita tanto que conta com a nossa colaboração; a salvação não vem só de um lado. Em Jesus, ele nos mostrou em que consiste sermos salvos: em sermos como Jesus, agora, na vida terrena, e eternamente, na glória. Essa é a parte da salvação que Deus realiza. A nossa parte é: estarmos prontos, acatarmos sua obra, no amor disponível e eficaz de cada dia. Muitos hoje, se sentem abandonados, deprimidos. Existe até uma indústria da depressão, procurando vender remédios antidepressivos… “Há alguém que se preocupe comigo?”, pergunta o deprimido. Mas talvez ele não se prontifique para encontrar. Aquele que transforma nossa vida debilitada em esperança engajada… Por isso, a liturgia de hoje nos ensina a correr ao seu encontro! Do livro “Liturgia Dominical”, de Johan Konings, SJ, Editora Vozes.
Do livro “Liturgia Dominical”, de Johan Konings, SJ, Editora Vozes.
Oração do Dia
Ó Deus eterno e todo-poderoso, que nos concedeis, no vosso imenso amor de Pai, mais do que merecemos e pedimos, derramai sobre nós a vossa misericórdia, perdoando o que nos pesa na consciência e dando-nos mais do que ousamos pedir. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
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