Em um comunicado recente, Dom Cantú assinalou que "a primeira etapa da investigação é determinar se o fenômeno pode ser explicado por causas naturais. Até agora, não identificamos causas naturais para a emissão de líquidos desta imagem".
Em maio deste ano, na paróquia de Nossa Senhora de Guadalupe, em Hobbs, no Novo México, a imagem da Virgem de Guadalupe teria "chorado". O fenómeno ocorreu outras duas vezes, e foi testemunhado tanto por um sacerdote da paróquia como por diversos assistentes.
A Diocese de Las Cruces assegurou em julho que, depois de um exame, descobriram que a substância que saía da imagem da Virgem era um óleo de oliva perfumado.
Dom Cantú assinalou que "se a causa do fenômeno for sobrenatural, devemos discernir se é de Deus ou do demônio. Recordo que a Igreja acredita na existência de anjos caídos, que às vezes tentam nos enganar".
O processo de investigação diocesana incluiu entrevistas com o fabricante mexicano da estátua. Segundo o Prelado, os proprietários da empresa assinalaram que o processo de produção inclui alta temperatura, que derrete completamente os moldes de cera ao redor do qual a imagem se forma, não deixar resíduos que pudessem ter ajudado o fenômeno das lágrimas.
O Prelado explicou precisarão de mais tempo para determinar a origem sobrenatural das lágrimas.
Dom Oscar Cantú rezando diante da imagem da Virgem de Guadalupe, que teria chorado durante uma visita pastoral em setembro deste ano. Foto: Facebook / Diocese de Las Cruces.
"O discernimento sobre se é um fenômeno de Deus ou do diabo é um processo mais longo. Às vezes, o demônio pode imitar coisas santas para nos confundir. Portanto, devemos ser prudentes e vigilantes", explicou.
Este processo de discernimento, acrescentou Dom Cantú, está baseado nos frutos espirituais das lágrimas da imagem, e recordou que os frutos do Espírito Santo mencionados na carta de São Paulo aos Gálatas são: Caridade, alegria, paz, amabilidade, bondade, generosidade, mansidão, fidelidade, modéstia, autocontrole e castidade.
O Prelado recordou aos fiéis que a Igreja distingue entre revelações públicas e privadas. A revelação pública, disse, foi finalizada depois da morte do último apóstolo, enquanto na revelação privada, não temos nenhum conhecimento novo sobre a salvação.
“Nenhuma informação nova em relação a nossa salvação será obtida através das revelações privadas. As mensagens das revelações privadas somente reafirmam e destacam o que Cristo já revelou nas Sagradas Escrituras e na Tradição”, assinalou.
“Portanto, Maria e os santos sempre nos levam a Jesus e à Igreja. Por isso, Maria disse a São Juan Diego ‘procure ao bispo’ e que ‘construa um templo’”.
Fonte: ACI digital
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