Na Igreja o celibato sacerdotal se mantém como uma “pérola preciosa”, afirma Bispo


LA PLATA, 10 Dez. 18 / 05:00 pm (ACI).- O Arcebispo Emérito de La Plata, Argentina, Dom Héctor Aguer, comentou as recentes declarações do Papa Francisco no livro “A Força da Vocação”, confirmando a importância do celibato sacerdotal para a Igreja latina, que o mantém como “uma pérola preciosa”.

“No celibato, que a Igreja latina mantém como uma pérola preciosa, se verifica a entrega de homens íntegros à continência, à virgindade, por amor a Cristo e à Igreja e para dar-se totalmente a Jesus Cristo e à Igreja. Aqui se vive uma problemática espiritual não puramente cultural ou social”, sustentou o Prelado em sua reflexão no programa “Claves para un Mundo Mejor” (Chaves para um Mundo Melhor), emitido em 8 de dezembro pelo Canal 9 da Argentina.

No livro, que foi lançado em 3 de dezembro por Publicações Claretianas, “o Papa disse que na cultura atual a homossexualidade aprece ter se tornado uma moda e que essa mentalidade entra também na Igreja”, recordou Dom Aguer.

“O Papa tocou em um ponto chave, do qual não se costumava falar (...). Posso assegurar que, em algumas dioceses, a porcentagem de sacerdotes homossexuais é elevada e que eles costumam se cobrir entre si; não saem do armário, como digo, constituem uma espécie de lobby mesmo aqueles ‘não praticantes’, por assim dizer de alguma maneira que protegem, promovem, controlam tudo isso”.

Dom Aguer disse que “o Papa fala também dos seminários e da necessidade de advertir neste local se os candidatos ao sacerdócio têm a formação afetiva e espiritual que corresponde”.

“Ouvi algumas críticas dizendo que o Papa discrimina porque não permite que os homossexuais sejam sacerdotes. Devo dizer que discriminação veio a ser uma palavra maldita, digamos, porque, na realidade, discriminar significa distinguir; e há discriminações justas e já discriminações injustas”.

“Uma discriminação justa é impedir que se faça coisas que não devem ser feitas ou que pessoas que não devem estar em tal lugar estejam ali. Pois bem: escolher os candidatos ao sacerdócio com plena integridade varonil é uma obrigação da Igreja; do contrário, está se colocando em risco o significado do celibato”, explicou o Arcebispo Emérito de La Plata.

Nesse sentido, descreveu o celibato como o “compromisso virginal de um sacerdote que imita Jesus Cristo, esposo da Igreja” e “uma realidade espiritual e mística preciosa, que requer no sujeito uma plena maturidade varonil”.

Finalmente, por ocasião da Solenidade da Imaculada Conceição, Dom Aguer pediu que se reze muito “pelos sacerdotes”, “pelas vocações, para que sejam verdadeiramente autênticas” e “para que os sacerdotes vivam seu celibato sem temor, sem vergonha, com entrega total a Cristo, por amor a Ele”.

Fonte: ACI digital

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