CARACAS, 25 Fev. 19 / 04:30 pm (ACI).- O Bispo de San Cristóbal (Venezuela), Dom Mario Moronta, pediu a "todos os militares e policiais que em nome de Deus não levantem a voz, nem ataquem com armas aqueles que estão tentando fazer o bem para toda a Venezuela".
Em uma mensagem divulgada em 23 de fevereiro, depois que as tropas e paramilitares ligados ao governo de Nicolás Maduro atacaram aqueles que transportavam ajuda humanitária através das fronteiras da Colômbia, Brasil e Curaçao, Dom Moronta lamentou "o número de feridos e mortos por causa da repressão e violência, o sangue dos irmãos clama por justiça diante de Deus".
Em meio às tentativas para que a ajuda humanitária cruze a fronteira com a Venezuela no dia 23 de fevereiro, as forças armadas, a polícia e as forças paramilitares ligadas ao regime de Maduro causaram pelo menos quatro mortes, dezenas de feridos e queimaram caminhões carregados com alimentos e remédios.
A ajuda humanitária foi coordenada entre vários países com o presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, designado pela Assembleia Nacional em 23 de janeiro.
"Aqueles que deveriam estar cuidando de tudo o que é o bem-estar do povo incendiaram as cargas que são um símbolo da ajuda humanitária de outros países e dos esforços de muitos homens e mulheres também da Venezuela. Isso não é somente um pecado de imoralidade, é um ato de desumanidade pelo qual terão que responder diante de Deus", disse o Prelado venezuelano.
"A todos os que têm autoridade militar ou policial, não disparem contra o povo, não levantem a voz contra o povo, não esqueçam que vocês também são povo e, se isso significa muito para vocês, pensem também em suas famílias, vizinhos e amigos que também estão sofrendo, não deixem de sentir-se povo. Respeitem, protejam e dignifiquem o povo da Venezuela", incentivou.
Fonte: ACI digital
Venezuela: Arcebispo alerta sobre graves consequências após destruição de ajuda humanitária
Através do Twitter, Dom Gutiérrez Reyes, referindo-se aos eventos ocorridos no dia 23 de fevereiro, assinalou que “os crimes cometidos hoje, assassinando pessoas nas fronteiras com Brasil e Colômbia e a destruição da ajuda humanitária, estabelece outro cenário que trará consequências muito graves para o regime. Já basta”.
Algumas horas antes, o Arcebispo de Ciudad Bolívar assegurou que "hoje se trava em toda a Venezuela a grande batalha pela dignidade. Hoje é um dia histórico, pois renasce a Venezuela que todos queremos, nada, nem ninguém vai impedir isso".
A ajuda humanitária coordenada pela comunidade internacional e pelo presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, começou sua entrada na Venezuela em 23 de fevereiro, a partir de Colômbia, Brasil e Curaçao. No entanto, grupos paramilitares e policiais do regime de Maduro atacaram com tiros e queimaram pelo menos três veículos que transportavam alimentos, remédios e outros suprimentos para os venezuelanos.
Estima-se que pelo menos quatro pessoas foram mortas por pessoas ligadas ao governo de Maduro e dezenas ficaram feridas.
Guaidó destacou que o governo que assumiu desde 23 de janeiro, por encargo da Assembleia Nacional, continua "recebendo o apoio da comunidade internacional, que pôde ver com seus próprios olhos, como o regime usurpador viola o Protocolo de Genebra, onde se afirma claramente que destruir a ajuda humanitária é um crime contra a humanidade”.
Mais adiante, o presidente interino da Venezuela postou no Twitter que Maduro e seus apoiadores "disseram que não iríamos chegar à fronteira: todos nós chegamos e as pessoas vieram para receber a ajuda. Disseram que a ajuda não ia entrar: os caminhões atravessam o país. Disseram que tinham Povo: estão sozinhos e dezenas de soldados os abandonaram".
Fonte: ACI digital
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