Neste domingo (30), a Igreja celebra a solenidade de São Pedro e São Paulo, dois grandes apóstolos que se tornaram mártires por fidelidade a Cristo. Nesta mesma data também se recorda a figura do papa, hoje Francisco, sucessor de Pedro e Vigário de Cristo.
Dom Severino Clasen. Foto: Daniel Flores/CNBB
“A Solenidade de São Pedro e São Paulo é considerada as duas asas que a Igreja usou para poder voar pelo mundo e levar o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo”, destaca o bispo de Caçador (SC) e presidente do Regional Sul 4 da Conferência Nacional dos Bispos do brasil (CNBB), dom Severino Clasen.
Segundo dom Severino, Pedro foi o primeiro líder da Igreja nomeado por Jesus e essa missão está descrita no evangelho de Mateus: “Eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela; e eu te darei as chaves do reino dos céus; e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus” (Mt 16, 17-19).
“Pedro teve toda sua dimensão humana, sua fragilidade, limitações, perturbações, inquietações, as dúvidas, os medos, mas Jesus sempre confiou nele. Porque via nele um grande caráter, uma grande figura humana capaz de liderar. É aquele que anuncia o Evangelho e sacramenta a instituição Igreja”, diz dom Severino.
Por isso, a Igreja reconhece no papa, cujos símbolos, as chaves e o anel do pescador remetem à figura do apóstolo. Pedro morre mártir sob o imperador Nero, no ano de 67 d.C., e seus restos mortais foram depositados no cemitério que havia na colina do Vaticano. Na época, o imperador Constantino construiu a primeira igreja sobre o túmulo do apóstolo.
Já Paulo também perseguido e preso por causa da pregação do Evangelho, perseguiu a Igreja, se converteu após um encontro com Jesus no caminho de Damasco e tornou-se o grande discípulo missionário. Como Pedro, morre mártir, provavelmente no ano de 67 d.C. Paulo foi condenado à morte por um tribunal romano, porque era cristão.
A 2ª Carta de São Paulo a Timóteo traz o testemunho de S. Paulo: “O Senhor esteve a meu lado e meu deu forças” (2Tm 4,17); “o Senhor me libertará de todo mal e me salvará para o seu reino celeste” (2Tm 4,18). No fim de sua vida, Paulo pode dizer que “combateu o bom combate e conservou a fé” (2Tm 4,7).
Dom Severino ressalta o que Pedro e Paulo tem em comum além de terem sido martirizados. “O apaixonamento e a fidelidade por Jesus Cristo”. Depois que Jesus Cristo subiu aos Céus, Pedro assume para valer e Paulo vem depois, mas ele complementa, é ele quem sai em missão, asa que leva para longe. A instituição é Pedro e a missão é Paulo. Então, são duas figuras que se complementam. Por isso, eu digo que eles são como as duas asas para que a Igreja possa voar”.
Foto de capa: Victor Hugo Barros/a12.com
Fonte: CNBB
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