Mathilde de Robien | Nov 18, 2019
Essas etapas práticas podem ajudar a proteger suas informações, sua reputação e inclusive seu futuro
Os adolescentes estão se conectando às redes sociais em idades cada vez mais precoces. De acordo com estatísticas da Pew Research, 95% dos adolescentes norte-americanos têm acesso a um telefone celular, 72% usam Instagram, 69% usam Snapchat e 51% usam Twitter.
No entanto, eles são usuários preparados? Nem todos. Daí a necessidade de apoiar os adolescentes no uso da internet e despertá-los para a noção de “reputação digital”.
Todo o conteúdo publicado em redes sociais, blogs ou plataformas de compartilhamento de vídeo mostra uma faceta de uma pessoa, contribui para o desenvolvimento de uma imagem online e, acima de tudo, oferece uma base para o cyberbullying.
Precisamos ensinar nossos adolescentes a tomar certas precauções para que eles possam usar as mídias sociais com mais segurança. Aqui estão seis coisas que os adolescentes devem saber:
1 - SEUS DADOS PESSOAIS SÃO VALIOSOS
Os usuários precisam estar cientes de que suas informações pessoais são muito valiosas. Todas as informações postadas nas mídias sociais, incluindo curtidas, dados de geolocalização, fotos, hábitos etc., são usadas – na melhor das hipóteses para fins comerciais, na pior das hipóteses, para intenções maliciosas de pessoas sem escrúpulos. Uma boa maneira de discernir se você deve publicar algo ou não é se perguntar se você consideraria tal informação “pública”.
O fato é que não há como garantir que o que é publicado permaneça onde o autor pretende que seja visto. As evidências disso aparecem constantemente: as chamadas mensagens “privadas” compartilhadas por “amigos”, hackers de conta, entre outras.
2 - SUAS POSTAGENS PODEM TER CONSEQUÊNCIAS NA SUA FUTURA VIDA E NA DE OUTROS
A internet não esquece nada e o conteúdo inadequado pode permanecer por muito tempo. O melhor exemplo é o de recrutadores que procuram informações sobre candidatos a emprego. Uma foto inadequada, por exemplo, pode implicar alguma desvantagem quando alguém está procurando emprego.
Os adolescentes também devem ser alertados sobre as consequências que suas postagens podem ter na privacidade de outras pessoas. Falar sobre as dificuldades profissionais, financeiras ou conjugais dos pais é prejudicial. É aqui que entra a noção de reputação digital: embora você possa controlar parte de sua reputação online, ainda existe uma parte que não depende de você, mas do que os outros publicarão sobre você.
3 - ELES PODEM RESTRINGIR SUAS DEFINIÇÕES DE PRIVACIDADE
Por padrão, a maioria dos perfis de mídia social é definida como “todo público”, mas você pode limitar quem pode ver seu perfil a “amigos” ou apenas determinadas pessoas. Um bom gerenciamento de configurações fornece um certo nível de proteção. Não é perfeito, mas já é um começo.
4 - É IMPORTANTE PROTEGER SUA CONTA
Para manter as informações pessoais em sigilo, é necessário ter uma senha forte (composta por letras maiúsculas e minúsculas, símbolos e números) e ativar a opção “autenticação de dois fatores”, que requer duas confirmações da identidade do usuário.
5 - SOLICITAR A EXCLUSÃO DE POSTAGENS INDESEJADAS
Se alguém publicou algo envolvendo você mas você deseja remover, a primeira etapa é solicitar à pessoa que iniciou a publicação que a remova. Se isso não for possível, existe (de acordo com cada plataforma) uma maneira de denunciar uma postagem. Alguns países ou regiões (como a União Européia) também possuem legislação que oferece proteção e canais de recurso adicionais para remover da internet informações sobre você.
6 - SIGA O EXEMPLO DA VIRGEM MARIA, UMA INFLUENCIADORA EXTRAORDINÁRIA
A Virgem Maria, essa “jovem mulher de Nazaré, não fazia parte das ‘redes sociais’ da época. Ela não era uma ‘influenciadora’, mas sem querer ou tentar, ela se tornou a mulher mais influente da história”, de acordo com as palavras do Papa Francisco.
O papa exortou os jovens a serem “influenciadores” da mesma maneira que Maria – isto é, vivendo a lei do amor. “Somente o amor nos torna mais humanos e realizados; todo o resto é um placebo agradável, mas inútil”, disse o Papa.
Fonte: Aleteia
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