Reúnem testemunhos para declarar mártir jovem que evitou o massacre em uma igreja


Akash Bashir, jovem paquistanês que morreu por defender sua igreja de um atentado. Crédito: Agência Salesiana de Notícias

Islamabad, 06 Nov. 19 / 02:00 pm (ACI).- Akash Bashir era um jovem de 20 anos, ex-aluno da escola “Dom Bosco”, em Lahore (Paquistão), que deu sua vida para evitar que sua igreja sofresse um atentado em 15 de março de 2015.

Embora cinco anos já se passaram desde sua morte trágica, a memória desse jovem ainda está presente em Youhannabad, no Paquistão, e começa a se espalhar pelo mundo.

Por isso, segundo informa Vatican News, a Arquidiocese de Lahore e os Salesianos começaram a recopilar testemunhos de sua vida diante da possibilidade de abrir sua causa de martírio. Até o momento, mais de 20 pessoas de sua paróquia, além de cristãos e muçulmanos, responderam a algumas perguntas sobre a vida desse jovem que conheceram.

Em janeiro de 2017, Pe. Francis Gulzar, pároco da comunidade de Youhannabad, enviou uma carta ao Arcebispo de Lahore, Dom Francis Shaw, solicitando a abertura da causa do martírio do jovem.

Segundo destacou Pe. Gulzar, “Akash tinha um grande amor por sua Igreja e, com o poder do Espírito Santo, não pensou em salvar sua própria vida. Akash morreu nesse momento, mas salvou muitos fiéis com esse ato de coragem”.

Entre os depoimentos recolhidos, destacam-se suas últimas palavras, pois, quando Akash atacou o terrorista que pretendia explodir dentro do templo, disse: "Morrerei, mas não vou deixar você entrar na igreja".

"Akash nos precedeu e nos mostrou o caminho para a vida eterna", disseram aqueles que o conheciam.

A agência salesiana ANS afirmou que "o exemplo luminoso de Akash continua se espalhando pelo mundo".

A oração pela causa do martírio de Akash já foi composta e nela se recorda sua “fé forte, esperança inabalável e zelo incansável. Um modelo brilhante para outros jovens e pessoas de outras religiões, no serviço inspirador aos outros e na ajuda desinteressada”.

Além disso, segundo assinalaram, a Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre selecionou, entre outros, sua figura para a campanha quaresmal do ano de 2020, como um dos “símbolos mais significativos e representativos em todo o mundo da Igreja perseguida”.  (Fonte: ACI digital)



Pais perdoam terrorista que matou com bomba seu filho, guarda de uma igreja

Pais de Akash Bashir. Foto: Captura de Youtube

MADRI, 17 Jan. 17 / 03:00 pm (ACI).- Akash Bashir era um jovem católico paquistanês, guarda voluntário que vigiava a igreja de São João em Youhanabad, no estado de Lahore (Paquistão). Morreu dentro da igreja ao impedir que um terrorista explodisse o colete de bombas que usava, no dia 15 de março de 2015.

“Morrerei, mas você não entrará na igreja”, disse o jovem salesiano antes do colete de bombas do terrorista explodir.

Segundo conta o pai do jovem Akash, seu filho “era consciente do sacrifício que estava fazendo. Ele deu a sua vida para salvar centenas – inclusive milhares – de pessoas que estavam participando da missa naquela manhã”.

No testemunho recolhido pela Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN), o pai de Akash explica: “O mais importante é que a nossa fé nos é dada por Jesus”, “somos escolhidos por Deus e Deus aceitou o sacrifício do nosso filho Akash”.

O pai do jovem mártir diz: “Algumas pessoas me perguntaram: você perdoou quem matou o seu filho? E lhes respondi: O nosso Papa Francisco nos chamou a viver um ano de misericórdia. Por isso e por amor a Jesus, perdoamos todos os que nos perseguem e estão contra nós. Para que eles encontrem o caminho de Deus”. 

Segundo conta o pároco da igreja de São João, Pe. Francis Gulzar, a confiança na convivência pacífica foi perdida, “o que sustenta a nossa busca pela justiça é recordar o heroísmo de Akash”.

Em 15 de março de 2015, Akash Bashir se lançou contra o terrorista para evitar a morte dos fiéis de sua paróquia. O atacante aproveitou a distração de alguns guardas que assistiam pela televisão o jogo de críquete entre Paquistão e Irlanda.

Akash viu a carga de explosivos e parou o atacante perto da porta da igreja, para segundos depois, ao ver que a sua tentativa de convencê-lo era vã, abraçá-lo e colocar o seu corpo como escudo no momento em que o terrorista explodiu o artefato.

Minutos depois, outro atentado ocorreu em uma igreja protestante próxima. O balanço geral foi de 17 mortos e cerca de 80 feridos. Ambos os ataques foram reivindicados pelo grupo Jamaat-ul-Ahrar (JuA).

Fonte: ACI digital

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