Era uma jovem corajosa, filha de humildes artesãos, analfabeta, e que vestiu o hábito da Ordem Terceira de São Domingos.
Santa Catarina nasceu em Sena (Itália), em 1347, em uma família de pais piedosos. Gostava muito da oração, das coisas de Deus, e aos sete anos fez um voto particular de virgindade. Mais tarde, sua família tentou persuadi-la a se casar, mas ela se manteve firme e serviu generosamente aos pobres e doentes.
Aos 18 anos, recebeu o hábito da Ordem Terceira de São Domingos, vivendo a espiritualidade dominicana no mundo secular e sendo a primeira mulher solteira a ser admitida. Teve que superar muitas tentações do diabo que procurou fazer com que desistisse, mas ela seguia confiando em Deus.
Em 1366, Santa Catarina viveu um “casamento místico”. Ela estava em seu quarto rezando quando viu Cristo acompanhado por sua Mãe e um cortejo celeste.
A Virgem pegou a mão de Catarina e a levou até Cristo, que lhe deu um anel, desposou-a consigo e manifestou que ela estava sustentada por uma fé que podia superar todas as tentações. Depois disso, apenas Catarina podia ver o anel.
Naquele tempo, surgiu uma peste e a santa sempre se manteve com os doentes, preparava-os para a morte e chegou até mesmo a enterrá-los com suas próprias mãos. Além disso, tinha o dom de reconciliar até os piores inimigos, mais com suas orações a Deus do que com suas palavras.
Nesta época, os Papas viviam em Avignon (França) e os romanos se queixavam de terem sido abandonados pelos seus Bispos, ameaçando realizar um cisma.
Gregório XI fez um voto secreto a Deus de regressar a Roma e, ao consultar Santa Catarina, ela lhe disse: “Cumpra com sua promessa feita a Deus”. O Pontífice ficou surpreso porque não tinha contado a ninguém sobre o voto e, mais tarde, o Santo Padre cumpriu sua promessa e voltou para a Cidade Eterna.
Posteriormente, no pontificado de Urbano VI, os cardeais se distanciaram do Papa por seu temperamento e declararam nula sua eleição, designando Clemente VII, que foi residir em Avignon. Santa Catarina enviou cartas aos cardeais pressionando-os a reconhecer o autêntico Pontífice.
“Embora fosse filha de artesãos e analfabeta por não ter estudos nem instrução, compreendeu, no entanto, as necessidades do mundo do seu tempo com tal inteligência que superou muito os limites do lugar onde viveu, ao ponto de estender a sua ação para toda a sociedade dos homens; não havia maneira de parar a sua coragem nem o seu anseio pela salvação das almas”, escreveu sobre ela João Paulo II em 1980 para o sexto centenário de sua morte.
A santa também escreveu a Urbano VI, exortando-o a levar com temperança e alegria os problemas, controlando o temperamento. Santa Catarina foi a Roma, a pedido do Papa, que seguiu suas instruções. Também escreveu aos reis da França e Hungria para que deixassem o cisma.
Em outra ocasião, Jesus voltou a aparecer a ela e lhe mostrou duas coroas, uma de ouro e outra de espinhos, para escolher. Ela disse: “Eu gostaria, ó Senhor, viver aqui sempre conforme a tua paixão e encontrar na dor e no sofrimento meu repouso e deleite”. Em seguida, tomou a coroa de espinhos e colocou na cabeça.
Santa Catarina morreu no dia 29 de abril de 1380 em Roma, com apenas 33 anos, de um súbito ataque. O Papa Paulo VI a nomeou Doutora da Igreja em 1970 e foi proclamada copadroeira da Europa por São João Paulo II em 1999, ao lado de Santa Brígida da Suécia e Santa Teresa Benedita da Cruz.
Fonte: ACI digital
11 dados fascinantes sobre a vida de
Santa Catarina de Sena
REDAÇÃO CENTRAL, 29 Abr. 20 / 06:00 am (ACI).- “Se formos o que devemos ser, incendiaremos o mundo”, costumava dizer Santa Catarina de Sena, Doutora da Igreja, que pertenceu à Ordem terceira de São Domingos.
Santa Catarina nasceu em Sena (Itália), em 1347, em uma família de pais piedosos, e foi chamada à Casa do Pai em 29 de abril de 1380, em Roma, com apenas 33 anos.
Hoje o mundo inteiro celebra a festa desta grande santa. Por isso, apresentamos 11 dados que provavelmente você não conhecia sobre sua vida:
1. Tinha uma irmã gêmea
Embora não esteja claro se eram idênticas ou não, Santa Catarina teve uma irmã gêmea chamada Giovanna. Nasceram prematuramente quando sua mãe tinha 40 anos, mas, infelizmente, sua irmã faleceu ainda criança. Dois anos depois, sua mãe teve outra filha e também a chamou de Giovanna.
2. Teve 24 irmãos
Santa Catarina foi uma dos 25 filhos de sua família; todos dos mesmos pais. Só a metade deles chegou à idade adulta, por causa da alta taxa de mortalidade infantil.
3. Seu apelido era “Eufrosina”
Era tão alegre que uma criança de sua família a chamou de “Eufrosina”, que em grego significa “alegria”.
4. Teve uma visão mística do Menino Jesus
Uma antiga biografia escrita por seu confessor afirma que, quando tinha 5 e 6 anos, teve uma visão de Jesus entronizado no céu e rodeado de seus apóstolos Pedro, Paulo e João.
5. Teve uma visão mística de São Domingos
Os dois caminhos aceitos culturalmente para uma mulher de seu tempo era se casar ou se tornar uma monja de clausura. Santa Catarina resistiu a ambas as opções.
Aparentemente, o próprio São Domingos de Gusmão apareceu a ela em uma visão e a convenceu de ser dominicana terciária, algo que até então normalmente estava reservado para as viúvas. Também obteve uma permissão especial para usar o hábito.
6. Teve outra visão de Jesus quando tinha 21 anos
A princípio, ela viveu sua vocação como dominicana terciária em seu lar. Quando tinha 21 anos, experimentou uma visão de Jesus na qual Ele a levava como sua noiva e inclusiva lhe dava uma aliança. Cristo lhe pediu que abandonasse sua solidão e servisse aos pobres, o que cumpriu.
7. Teve a graça de experimentar a dor dos estigmas de Cristo
Segundo a biografia escrita por seu confessor, Catarina recebeu em 1375 uma versão dos estigmas de São Francisco de Assis, que só eram visíveis para ela própria, mas causavam a mesma dor.
8. Contribuiu diretamente com o pontificado de seu tempo
Quando tinha quase 20 anos, enviou cartas a vários governantes e clérigos, pedindo pela paz entre os estados e que o papado voltasse a Roma, saindo de Avignon, na França (1309-1377). Foi tão respeitada que também a enviaram em diversas missões diplomáticas de paz por vários governos.
9. Sobreviveu a uma tentativa de assassinato
No começo de 1378, foi enviada pelo Papa Gregório XI a Florença (Itália) para buscar a paz entre esta cidade e Roma. Entretanto, pouco depois estourou a violência e, em 18 de junho, em meio à violência, tentaram assassiná-la.
10. Foi atacada por demônios em seu leito de morte
Isto testemunhou uma testemunha ocular: “Santa Catarina começou a mudar e a fazer vários sinais com a cabeça e os braços, como se quisesse demonstrar que sofria graves ataques de demônios, e permaneceu neste estado calamitoso durante uma hora e meia, na qual a metade desse tempo passou em silêncio...”.
11. É copadroeira de Roma, da Itália e da Europa
O Papa Pio IX a declarou copadroeira de Roma em 1866; Pio XII a declarou copadroeira da Itália em 1939; e, em 1999, São João Paulo II a declarou copadroeira da Europa.
Fonte: ACI digital
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