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Philip Kosloski | Maio 13, 2020
Francisco e Jacinta receberam a Primeira Comunhão de um anjo quando ainda não tinham acesso aos sacramentos
Por muitos séculos na Igreja Católica, receber a Comunhão só era permitido a crianças de 12 anos ou mais. Isso mudou em 1910, quando o Papa Pio X reduziu o requisito para a “idade da razão”, geralmente em torno de 6 ou 7 anos.
No entanto, as paróquias locais demoraram a implementar a mudança e, em Fátima, os videntes Francisco e Jacinta ainda não haviam recebido sua Primeira Comunhão na época da primeira aparição, em 1916, apesar de já terem 8 e 6 anos de idade.
Sem acesso à Eucaristia, os três pastorinhos foram visitadas por um anjo em 1916, uma visão que precedeu seu encontro com a Virgem Maria no ano seguinte.
Segundo um relato escrito por Lucia, eles olharam para cima e viram: “brilhando sobre nós uma luz estranha. Levantamos nossas cabeças para ver o que estava acontecendo. O anjo segurava na mão esquerda um cálice e, acima, no ar, havia uma hóstia de onde caíam gotas de sangue no cálice”. O anjo então ensinou às crianças uma oração a ser recitada.
Eis a oração:
Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, adoro-vos profundamente e ofereço-vos o Corpo, o Sangue, a Alma e a Divindade mais preciosos de Jesus Cristo, presentes em todos os sacrários do mundo, em reparação dos ultrajes, sacrilégios e indiferenças através dos quais Ele é ofendido. E pelos infinitos méritos do Seu Sagrado Coração e do Imaculado Coração de Maria, rogo pela conversão dos pobres pecadores.
Então Lucia registra: “Depois que ele se ergueu, pegou novamente na mão o cálice e a hóstia. Ele me deu a hóstia, e deu o conteúdo do cálice a Jacinta e Francisco, dizendo ao mesmo tempo: ‘Comei e bebei o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo terrivelmente indignado com a ingratidão dos homens. Oferecei em reparação por eles e consolarão a Deus.’”
Esse episódio marcou a primeira vez que Francisco e Jacinta receberam a Eucaristia, embora de maneira milagrosa. Mais tarde, Francisco receberia sua Primeira Comunhão normal pouco antes de morrer. Em certo sentido, foi uma “comunhão espiritual” milagrosa que preencheu a lacuna entre os céus e a terra.
O milagre nos lembra que Deus não pode ser limitado em sua generosidade e que Ele pode estar presente em nosso meio mesmo nas circunstâncias mais difíceis.
Semelhante à maneira como Jesus ressuscitado apareceu a seus apóstolos quando eles se trancaram em uma sala, Jesus veio a essas crianças, mesmo que elas não tivessem acesso aos sacramentos.
Que nunca esqueçamos que Deus está presente entre nós e nos visitará se abrirmos a porta para Ele.
Fonte: ACI digital
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