KOMUNIA ŚWIĘTA
Piotr Hukalo/EAST NEWS
Edifa | Ago 14, 2020
“Tomem e comam, isto é o meu corpo” (Mt 26, 26). Jesus nos convida à comunhão. Mas será que é grave não comungar regularmente?
Piotr Hukalo/EAST NEWS
Edifa | Ago 14, 2020
“Tomem e comam, isto é o meu corpo” (Mt 26, 26). Jesus nos convida à comunhão. Mas será que é grave não comungar regularmente?
“Se vocês não comem a carne do Filho do Homem e não bebem o seu sangue, não terão vida em vocês” (Jo 6, 53). Devemos, portanto, sempre comungar?
Comunhão, uma necessidade vital
No Pai Nosso, pedimos para receber o pão “super essencial” de cada dia. No discurso sobre o Pão da Vida, Jesus compara a comunhão de seu corpo com o maná do deserto. “Sendo o maná o alimento diário dos hebreus no deserto, da mesma maneira a alma cristã poderia se alimentar todos os dias no Pão Celestial e receber dele conforto. O Santíssimo Conselho [de Trento] gostaria que a cada missa, os fieis presentes não se contentassem em receber a comunhão espiritual, mas que escolhessem receber realmente o sacramento eucarístico”, recordou São Pio X no decreto Sacra Tridentina sobre comunhão frequente (1905).
O mesmo papa denunciou o “veneno do jansenismo que se infiltrou entre os bons e que, sob o pretexto de honra e veneração devida à Eucaristia”, mantém tantos fiéis afastados da comunhão. É Cristo quem primeiro quer compartilhar seu corpo eucarístico: “Desejei muito comer com vocês esta ceia pascal, antes de sofrer” (Lc 22, 15). A comunhão, concluiu o Papa Leão XIII, é, portanto, “realizar um desejo caro ao coração de Jesus”, ao qual nosso próprio desejo deve corresponder.
Santa Gertrude de Hefta uma vez viu uma irmã se abster da comunhão. Ela perguntou a Deus: “Senhor, por que tu permitiste que essa irmã não viesse receber a comunhão? Ele respondeu: É minha culpa que essa irmã tenha cuidadosamente baixado diante de seus olhos o véu de sua indignidade, que a impediu de ver a doçura do meu amor paterno?”. “A comunhão, portanto, não é uma recompensa por boas virtudes, é uma necessidade vital”, como afirma São Pio X. E ainda, é necessário “receber forças para reprimir as paixões, purificar-se de pequenas falhas e ser capaz de evitar as graves falhas às quais a fragilidade humana está exposta”.
Privar-se da comunhão é também privar a humanidade dessa graça
A tradição oriental fala da comunhão “contínua”: “Devemos fazer do banquete eucarístico nossa ocupação contínua, a fim de nos protegermos da fome e da anemia da alma”, escreveu São Nicolas Cabasilas.
No entanto, para receber Jesus Eucarístico, é apropriado que não tenhamos nenhuma falta grave ou que não estejamos em uma situação em que a Igreja nos convide à comunhão espiritual, em vez da comunhão sacramental. Os Padres do Concílio de Trento chamaram os fiéis a, “pelas entranhas de misericórdia do nosso Deus”, se colocarem em estado digno de receber frequentemente o corpo de Cristo através das graças do sacramento da reconciliação e da conversão de vida.
Embora nossa comunhão seja muito pessoal, ela não é individual. O cardeal Journet nos convida a rezar da seguinte maneira: “Meu Deus, eu te receberei, mas não apenas para mim, mas também para todos os que tem fome de ti, mesmo sem saber”. Privar-se da comunhão é também privar a humanidade dessa imensa graça.
Padre Nicolas Buttet
Fonte: Aleteia
No Pai Nosso, pedimos para receber o pão “super essencial” de cada dia. No discurso sobre o Pão da Vida, Jesus compara a comunhão de seu corpo com o maná do deserto. “Sendo o maná o alimento diário dos hebreus no deserto, da mesma maneira a alma cristã poderia se alimentar todos os dias no Pão Celestial e receber dele conforto. O Santíssimo Conselho [de Trento] gostaria que a cada missa, os fieis presentes não se contentassem em receber a comunhão espiritual, mas que escolhessem receber realmente o sacramento eucarístico”, recordou São Pio X no decreto Sacra Tridentina sobre comunhão frequente (1905).
O mesmo papa denunciou o “veneno do jansenismo que se infiltrou entre os bons e que, sob o pretexto de honra e veneração devida à Eucaristia”, mantém tantos fiéis afastados da comunhão. É Cristo quem primeiro quer compartilhar seu corpo eucarístico: “Desejei muito comer com vocês esta ceia pascal, antes de sofrer” (Lc 22, 15). A comunhão, concluiu o Papa Leão XIII, é, portanto, “realizar um desejo caro ao coração de Jesus”, ao qual nosso próprio desejo deve corresponder.
Santa Gertrude de Hefta uma vez viu uma irmã se abster da comunhão. Ela perguntou a Deus: “Senhor, por que tu permitiste que essa irmã não viesse receber a comunhão? Ele respondeu: É minha culpa que essa irmã tenha cuidadosamente baixado diante de seus olhos o véu de sua indignidade, que a impediu de ver a doçura do meu amor paterno?”. “A comunhão, portanto, não é uma recompensa por boas virtudes, é uma necessidade vital”, como afirma São Pio X. E ainda, é necessário “receber forças para reprimir as paixões, purificar-se de pequenas falhas e ser capaz de evitar as graves falhas às quais a fragilidade humana está exposta”.
Privar-se da comunhão é também privar a humanidade dessa graça
A tradição oriental fala da comunhão “contínua”: “Devemos fazer do banquete eucarístico nossa ocupação contínua, a fim de nos protegermos da fome e da anemia da alma”, escreveu São Nicolas Cabasilas.
No entanto, para receber Jesus Eucarístico, é apropriado que não tenhamos nenhuma falta grave ou que não estejamos em uma situação em que a Igreja nos convide à comunhão espiritual, em vez da comunhão sacramental. Os Padres do Concílio de Trento chamaram os fiéis a, “pelas entranhas de misericórdia do nosso Deus”, se colocarem em estado digno de receber frequentemente o corpo de Cristo através das graças do sacramento da reconciliação e da conversão de vida.
Embora nossa comunhão seja muito pessoal, ela não é individual. O cardeal Journet nos convida a rezar da seguinte maneira: “Meu Deus, eu te receberei, mas não apenas para mim, mas também para todos os que tem fome de ti, mesmo sem saber”. Privar-se da comunhão é também privar a humanidade dessa imensa graça.
Padre Nicolas Buttet
Fonte: Aleteia
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