Demônio. Crédito: Flickr-EstitxuCartonCC-BY-SA-2.0 / Abóbora de Halloween. Crédito: Pixabay
LONDRES, 31 out. 20 / 07:00 am (ACI).- Pe. Jeremy Davie, um exorcista octogenário que desde o final da década de 1970 se dedica ao ministério do exorcismo na Arquidiocese de Westminster (Inglaterra), disse que o Halloween pode ser uma porta aberta ao mal e ao diabo.
"Eles (aqueles que celebram o Halloween) começam com brincadeiras, mas isso pode levar as pessoas a não acreditarem no diabo e nos espíritos malignos e isso, por sua vez, pode levar à perda da fé cristã", disse o sacerdote em uma entrevista concedida à KV Turley de National Catholic Register.
"A leviandade nesses assuntos é fatal, pois brincar com o mal sob o pretexto de que não é real é permitir que o mal entre", indicou o sacerdote que realiza algum tipo de exorcismo toda semana na zona central de Londres. Além disso, indicou, o mal também pode entrar onde há um interesse doentio pelo oculto, o que pode levar "a uma intrusão da influência demoníaca".
O sacerdote destacou que flertar com o oculto "não precisa ser algo profundo para ser mortal". Qualquer "tolerância das práticas ocultas faz parte de um terrível engano" nascido do diabo. Não existe, continuou, uma “gradação” nestes assuntos.
Isso pode acontecer através de "qualquer pecado, mas com os pecados particularmente relacionados com o sobrenatural e com o pecado grave – como o aborto e a pornografia – e qualquer coisa contra nossa natureza criada, incluindo o campo da moral sexual”.
O exorcista, ordenado sacerdote em 1974, também assinalou que "Halloween é uma boa oportunidade para ensinar a fé e nos ajudar – especialmente às crianças – a entender a realidade do mal e a verdade de Cristo e de sua Igreja". É também uma ocasião para "ensinar contra" o feriado usando a Palavra de Deus e "o claro ensinamento da Igreja".
Essa data, continuou, também é uma ocasião para "advertir o mundo não apenas para evitar o Halloween, mas também uma oportunidade para falar às pessoas de Cristo”.
Sobre aqueles que não acreditam no diabo, o sacerdote afirmou que “é fatal para a fé e a salvação não acreditar em uma parte da Revelação. Todas as suas partes são importantes e essenciais. Acreditar que Satanás é um anjo caído – de fato, o líder dos anjos caídos – é uma parte essencial da revelação divina”.
"Se Deus nos pede para fazer um trabalho, então Ele nos protegerá", concluiu.
Sacerdote adverte que Halloween é "aniversário de Satanás"
MADRI, 31 out. 20 / 08:00 am (ACI).- Pe. Javier Luzón, sacerdote e exorcista da Arquidiocese de Madri (Espanha), explicou em entrevista que a celebração do Halloween é “o aniversário de Satanás” e também o começo do ano satânico celebrado pelos druidas vários séculos antes de Cristo.
Nesta entrevista que Pe. Luzón concedeu em 2018, explicou que “em uma sociedade na qual não se fala do demônio, dizer que o Halloween é uma prática relacionada ao ocultismo ou ao satanismo pode parecer um exagero. Mas não é assim. Existe uma grande ignorância sobre o que está por trás dessa celebração aparentemente inofensiva”.
Além do caráter comercial que esta festa tem, porque “movimenta muito dinheiro”, o sacerdote também assegura que há um “interesse ideológico” em torno dela.
“Estão nos empurrando esta festa por todos os lados. Uma criança cuja família diz para que não se fantasie de morte, mas lhe incentiva a vestir-se de algo positivo, é vista como estranha”, assegurou.
Por isso, o sacerdote da Arquidiocese de Madri lembrou que o famoso exorcista Pe. Gabriele Amorth costumava dizer que não se pode brincar com fogo, porque ele encontrou crianças e adolescentes com problemas por abrir portas por ocasião do Halloween.
Também disse que Halloween se trata de "uma celebração na qual se invoca o deus da morte porque nesse dia", de acordo com a tradição dos druidas, "abre-se as portas do averno para que os espíritos possam perturbar as pessoas".
“Os druidas iam de casa em casa para que fizessem uma oferenda, como mulheres virgens, crianças ou outros sacrifícios... A família que concordava era respeitada. Mas, se não o fizesse, a casa ficava marcada, como uma maldição, para que os espíritos pudessem atacar a casa”.
Essa tradição foi exportada aos Estados Unidos "com a colonização norte-americana pelos irlandeses, onde a cultura celta sempre se manteve".
De fato, Pe. Luzón destacou que a Irlanda foi um dos poucos países que não chegou a ser exorcizado pelos filhos de São Bento, como fizeram com o resto da Europa.
"Depois que os povos bárbaros foram com suas bruxarias, os beneditinos foram por toda a Europa libertando-os das maldições e do mundo sombrio que é tão perigoso", assegurou.
Essa tradição que chegou aos Estados Unidos, segundo Pe. Luzón, "não é mais o culto ao deus da morte, mas diretamente o aniversário de Satanás".
“Há pessoas que foram líderes de seitas satânicas, que saíram delas e contam o que fazem como sacrifícios, também de seres humanos. Ou deixam as mulheres grávidas para sacrificar seus filhos, nesta noite que é a mais importante do satanismo. Ainda existem grupos druidas e satânicos que roubam as sagradas formas consagradas para realizar os ritos desta noite”.
Por isso enfatiza que essa festa “não é uma coisa inofensiva ou inocente, como nos apresentam, mas tem o mesmo simbolismo dos mortos: caveiras, dragões, monstros... E significa o que faziam estes [druidas] que era vestir-se destes seres que iam atacar durante essa noite para passar inadvertidos e que não lhes fizessem dano. É uma teosofia que incute nas crianças o medo, o terror ou a morte mal focada... Não é um tema inofensivo, mas pode ser grave e pode ter repercussões”.
No entanto, ressaltou que “isso não significa que, porque uma criança se veste com essas coisas, algo acontecerá com ela. Não necessariamente, mas pode e de fato há crianças que começam com terrores noturnos, visões estranhas, distúrbios do sono e quando se reza por elas pedindo a cura, manifesta-se que a origem é ter participado dessas celebrações”.
Fonte: ACI digital
Comentários
Postar um comentário