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Padre Reginaldo Manzotti - publicado em 26/10/20
Se você não está conseguindo chegar a Jesus, precisa avaliar como anda a sua vida e a sua fé
O mês de outubro está acabando e novembro é o mês propício para refletirmos sobre a “santidade” como uma vocação à qual todos nós somos chamados. Afinal, no próximo domingo a Igreja celebra Todos os Santos.
Desde o Antigo Testamento, Deus chama Seu povo: “Eu sou o Senhor que vos tirou do Egito para ser o vosso Deus. Sereis santos porque Eu sou Santo”. (Lv 11, 44-45). São Pedro confirma este chamado: “A exemplo da santidade daquele que vos chamou, sede também vós santos, em todas as vossas ações, pois está escrito: Sede santos, porque eu sou santo” (1Pd 1,15-16). Jesus, nas “Bem-aventuranças”, nos dá a receita para a santidade.
Em Lucas, capítulo 6, dos versículos 20 ao 26, nos deparamos com um texto que vem suplantar a palavra e trazer a plena revelação de algo que já foi revelado! Moisés, depois de libertar o Povo de Israel que estava cativo no Egito, recebeu no Monte Sinai as leis que concretizaram o Código da Aliança e passaram a regular a vida do povo hebreu, indicando o caminho de fidelidade a Deus. Duas tábuas da “lei”, uma em relação a Deus, outra em relação ao próximo, às quais chamamos de Decálogo, os Dez Mandamentos.
Os Mandamentos e a santidade
Primeiro, é bom lembrar que os mandamentos da Lei de Deus não estão ultrapassados. Ao contrário, são valores ou verdades que não estão sujeitos ao nosso querer, muito menos são influenciados pelos modismos de cada época.
Aproveito para dizer que muitos têm dúvidas sobre como fazer uma boa confissão e perguntam: “Padre, eu vou confessar o quê?”. Outros preferem simplificar: “Não matei, o resto eu fiz de tudo”. Cuidado! Está errado. Este “tudo” é muito vago; precisamos ser mais específicos. Por isso a recomendação de se fazer um bom exame de consciência à luz dos Mandamentos da Lei de Deus. Este discernimento sob o impulso do Espírito Santo, que nos leva a perceber onde estamos ferindo e falhando no cumprimento da Lei Divina é um elemento importantíssimo para o ato da reconciliação.
Jesus, o novo Moisés, não veio para mudar a antiga Lei, mas para aprimorá-la. Ele “alarga” a compreensão dos Mandamentos ao apresentar as Bem-aventuranças como caminho de santificação. Segundo o Catecismo da Igreja Católica, “as Bem-aventuranças ensinam-nos qual o fim último a que Deus nos chama: o Reino, a visão de Deus, a participação na natureza divina, a vida eterna, a filiação, o repouso em Deus” (CIC 1726).
Se buscamos a santidade, temos que refletir o que está sendo empecilho para chegar a Jesus e fazer alguns questionamentos sobre como estamos vivenciando a nossa vida. Quando vamos tomar uma decisão, nós fazemos aquela pergunta: “o que Jesus faria?”. Se fizéssemos isso, seríamos mais santos e evitaríamos muitos erros.
Que Deus nos abençoe e nos conduza à santidade. Amém.
Fonte: Aleteia
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