Argentinos contra o aborto
Marko Vombergar | ALETEIA
Francisco Vêneto - publicado em 29/12/20
"É um projeto que não nasce dos interesses e necessidades reais da população como um todo", comentam pesquisadores
93% dos argentinos rejeitam a lei do aborto no país, segundo pesquisa realizada pela Universidade do Norte Santo Tomás de Aquino (Unsta). Mesmo assim, o atual governo de esquerdas priorizou e impulsionou intensamente o projeto de lei que libera o aborto na Argentina, apesar da grave crise econômica e social que assola o país e do galopante aumento de contágios pelo coronavírus ao longo das últimas semanas. A nova lei pró-aborto já foi aprovada pelos deputados e deverá ser debatida pelos senadores ainda hoje, 29 de dezembro, no apagar das luzes de 2020.
De fato, a pesquisa efetuada por iniciativa da Cátedra de Sociologia da Unsta registrou também que 92% dos argentinos acham que o aborto não é uma urgência da saúde pública de seu país.
93% dos argentinos rejeitam a lei do aborto no país
Mais dados sobre a pesquisa:
Foram entrevistadas 8.101 pessoas entre os dias 20 e 24 de dezembro em 23 províncias argentinas.
70% das pessoas que responderam à pesquisa são mulheres.
95% consideram que a vida humana começa desde a concepção.
93% afirmaram que não é o momento de debater a legalização do aborto no Congresso Nacional.
6% consideram que é, sim, um momento oportuno, e 1% disse não saber.
92% dizem que o aborto livre não deve ser permitido em momento algum da gravidez.
7% acham que o aborto livre pode ser permitido até o terceiro mês de gestação.
25% dizem que o aborto por motivos como estupro, risco de vida da mãe ou malformação do feto pode ser permitido.
67% acham que o aborto deve ser sempre proibido, inclusive nos casos acima.
A pesquisa contou com as contribuições da professora Irene Gutiérrez, da Cátedra de Antropologia Sócio-Cultural, do advogado Luis Britos e do psicólogo Francisco Viejobueno, da Cátedra de Sociologia da Faculdade de Ciências da Saúde. Eles comentam:
“Observa-se uma forte rejeição ao aborto e ao projeto de legalizá-lo. Isto quer dizer que é um projeto que não nasce dos interesses e necessidades reais da população como um todo”.
Com informações de ACI Prensa
Fonte: Aleteia
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