Coroa do Advento / Foto: Pixabay (Domínio público)
REDAÇÃO CENTRAL, 11 dez. 20 / 05:00 am (ACI).- Muitos fiéis têm uma compreensão intuitiva e baseada na experiência do Advento, mas o que dizem os documentos da Igreja sobre este tempo de preparação para o Natal?
Estas são algumas das perguntas e respostas mais comuns acerca do Advento.
1. Qual é o propósito do Advento?
O Advento é um tempo no calendário litúrgico da Igreja, especificamente, do calendário da Igreja Latina, que é a maior em comunhão com o Papa. Outras igrejas católicas – assim como muitas não católicas – têm a sua própria celebração do Advento.
Segundo as Normas Gerais para o Ano Litúrgico e o calendário, esta festa tem um duplo significado: em primeiro lugar é uma temporada para nos prepararmos para o Natal, quando recordamos a primeira vinda de Cristo; e em segundo lugar, um período que apela diretamente à mente e ao coração para esperar a segunda vinda de Cristo no final dos tempos.
O Advento é, então, um período de espera devota e alegre (Norma 39) que nos recordas as duas vindas de Cristo.
2. Quando começa e termina o Advento?
O primeiro domingo de Advento é o primeiro dia do novo Ano Litúrgico, que neste ano foi em 29 de novembro. O segundo domingo do Advento foi dia 6 de dezembro e os outros dois serão 13 e 20 de dezembro. A duração deste tempo de preparação pode variar entre 21 e 28 dias, pois se celebram nos quatro domingos mais próximos à festa do Natal.
3. Por que não se canta nem recita o glória?
Durante o Advento, não se recita o glória porque é uma das maneiras de expressar concretamente que, enquanto dura o nosso peregrinar, falta algo para que a alegria seja completa.
Quando o Senhor estiver presente no meio do seu povo, a Igreja terá chegado à sua festa completa, com a Solenidade do Natal do Senhor, quando é cantado novamente o glória.
O Missal Romano assinala que o glória é recitado ou cantado aos domingos, exceto nos tempos litúrgicos do Advento e da Quaresma.
As exceções desta regra durante o Advento são a Solenidade da Imaculada Conceição, em 8 de dezembro, e a festa da Virgem de Guadalupe, em 12 de dezembro.
4. Qual é a cor litúrgica deste tempo?
A cor normal do Advento é o roxo. Segundo o numeral 346 da Instrução Geral do Missal Romano (IGMR), “usa-se a cor roxa no Tempo do Advento e da Quaresma. Pode usar-se também nos Ofícios e Missas de defuntos”.
Em muitos lugares, há uma notável exceção para o terceiro domingo do Advento, conhecido como o domingo do Gaudete: “A cor de rosa pode usar-se, onde for costume, nos Domingos Gaudete (III do Advento) e Laetare (IV da Quaresma)” (IGMR, 346).
5. O Advento é um tempo penitencial?
Frequentemente pensamos no Advento como um tempo penitencial, porque a cor litúrgica é o roxo, como na Quaresma. Entretanto, segundo o cânon 1250 do Código de Direito Canônico: “Os dias e tempos de penitência na Igreja universal são todas as sextas-feiras do ano e o tempo da Quaresma”.
Embora as autoridades locais possam estabelecer dias penitenciais adicionais, esta é uma lista completa dos dias e tempos penitenciais da Igreja Latina em seu conjunto e o Advento não é um deles.
6. Como as igrejas são decoradas?
O numeral 305 da Instrução Geral do Missal Romano assinala: “No tempo do Advento ornamente-se o altar com flores com a moderação que convém à índole deste tempo, de modo a não antecipar a plena alegria do Natal do Senhor”.
“A ornamentação com flores deve ser sempre sóbria e, em vez de as pôr sobre a mesa do altar, disponham-se junto dele”.
7. Quais expressões de piedade popular podemos usar neste tempo?
Existem várias expressões de piedade popular que a Igreja reconheceu para serem usadas durante o Advento. Entre elas estão: a Coroa de Advento, procissões, solenidade da Imaculada Conceição em 8 de dezembro, novena de Natal, Presépio etc.
Bônus: Como deve ser a música?
O numeral 305 da Instrução Geral do Missal Romano assinala que no “Advento o uso do órgão e de outros instrumentos musicais deve ser marcado por uma moderação adequada de acordo com este tempo litúrgico do ano, sem expressar com antecipação a alegria plena do Natal do Senhor”.
Publicado originalmente em National Catholic Register.
Fonte: ACI digital
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