Missionária da Caridade junto ao túmulo da Madre Teresa
JEFFREY BRUNO | ALETEIA
Francisco Vêneto - publicado em 19/08/21
Ao longo de quase 20 anos, elas trabalharam com refugiados e formaram 300 professores que educaram mais de 25 mil crianças
As Missionárias da Caridade, congregação fundada pela Santa Madre Teresa de Calcutá, estão sendo forçadas a sair do Afeganistão por conta do cenário de alto risco implantado no país com a retomada do poder pelos talibãs.
Quatro missionárias que trabalhavam no país aguardam para ser repatriadas, uma triste realidade que também se aplica às demais congregações religiosas católicas presentes no Afeganistão para atuar sobretudo em missões de caridade cristã e ação social.
O país tem pouco mais de 200 católicos, quase todos na capital, Cabul. Existe uma única igreja católica em todo o território afegão, país de esmagadora maioria islâmica. Mesmo assim, a Igreja está presente junto ao povo em obras como hospitais e escolas, com destaque para o atendimento a crianças pobres e portadora de deficiências físicas e intelectuais. Aliás, também teve de ser fechada indefinidamente, nesta semana, a escola dirigida pelo padre italiano Matteo Sanavio para crianças com síndrome de Down.
Missionárias da Caridade forçadas a deixar o Afeganistão
Quanto às Missionárias da Caridade, a congregação mundialmente conhecida por servir “aos mais pobres dentre os pobres” estava presente no Afeganistão desde 2004, dois anos após o estabelecimento da missão católica local por parte do Papa São João Paulo II em 2002.
Vale recordar que, até poucos meses antes, o país estava sob o mais brutal e fechado regime imposto pelos talibãs durante o seu primeiro período no poder, iniciado em 1996 e derrubado pela intervenção norte-americana após o 11 de Setembro de 2001.
Ao longo destes quase 20 anos, as religiosas da Madre Teresa trabalharam com refugiados e deslocados internos. Na área da educação, formaram cerca de 300 professores que educaram mais de 25 mil crianças, em particular meninas que, até então, estavam proibidas de frequentar escolas.
Fonte: Aleteia
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