Reprodução / Instagram
Ricardo Sanches - publicado em 07/01/22
Saiba como a Igreja interpreta casos como este
Um vídeo que circula nas redes sociais e blogs católicos mostra um caminhão destruído pelo fogo. E um fato chamou a atenção: a imagem de Nossa Senhora Aparecida estampada na porta traseira do baú permaneceu intacta, apesar das chamas
O caminhão destruído pelo fogo – que teria começado no sistema de freios – ficou parado no acostamento de uma rodovia perto da ponte do Rio Xagu, em Rio Bonito do Iguaçu, no Paraná.
Um homem que passava pelo local filmou o caminhão, e o vídeo viralizou. “Isso aqui é só um milagre mesmo, porque o motorista se salvou. Mas eu vou mostrar um detalhe aqui muito importante. O que sobrou também do caminhão intacta aqui [a estampa de Nossa Senhora Aparecida]”, disse o homem, que continuou: “Para quem não acredita em milagre, em Nossa Senhora, está aí, olha”.
Assista ao vídeo, clicando abaixo.
Milagre?
Não se pode falar tecnicamente em milagre quando existem explicações científicas plausíveis para um acontecimento. Neste caso, uma considerável gama de variáveis é capaz de explicar por que um fenômeno natural, apesar de ter potencial catastrófico, pode ter deixado uma imagem de Maria intacta em meio a grandes estragos.
O uso do termo “milagre” é comum diante de fenômenos que parecem sobrenaturais: na grande maioria dos casos, porém, o uso dessa palavra é bem intencionado, mas, como termo técnico, é precipitado e equivocado.
Milagres são fenômenos cientificamente inexplicáveis que contradizem as regras da natureza conforme as conhecemos. Para que algum fenômeno possa ser oficialmente declarado como de caráter sobrenatural por parte da Igreja, são necessários prudentes e detalhados estudos. A Igreja segue critérios científicos bastante rígidos para afirmar algum milagre. Os milagres de cura, por exemplo, chegam a demorar décadas até serem reconhecidos. Os fatos precisam ser cuidadosamente estudados por médicos, revisados por cientistas (na maioria dos casos, laicos e até mesmo ateus), expostos às críticas públicas e, só depois de feitos todos os estudos científicos, a própria Igreja faz a análise teológica mediante o trabalho das suas comissões de especialistas em teologia.
Fonte: Aleteia
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