Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus - Oitava do Tempo do Natal (Ano C )


Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus

O maior presente de todos os tempos

Oitava do Tempo do Natal Ano C

Evangelho de Lucas 2,16-21

* Naquele tempo, 16os pastores foram às pressas a Belém e encontraram Maria e José, e o recém-nascido deitado na manjedoura. 17Tendo-o visto, contaram o que lhes fora dito sobre o menino. 18E todos os que ouviram os pastores ficaram maravilhados com aquilo que contavam. 19Quanto a Maria, guardava todos esses fatos e meditava sobre eles em seu coração. 20Os pastores voltaram, glorificando e louvando a Deus por tudo que tinham visto e ouvido, conforme lhes tinha sido dito. 21Quando se completaram os oito dias para a circuncisão do menino, deram-lhe o nome de Jesus, como fora chamado pelo anjo antes de ser concebido.

REFLEXÃO:

No primeiro dia do ano, sempre há esperança de que o ano que começa seja melhor. Temos de olhar sempre para a frente, confiantes. A alegria que animou os pastores quando se encontraram com a Família de Nazaré deve contagiar-nos também a nós, assim como todos os que ouviram os pastores. A alegria aumenta ao celebrar a grande festa de Maria, Mãe de Deus e nossa. Encontrar-se com Maria, ao lado de José, cuidando de Jesus, foi motivo de alegria para os pastores, gente simples e trabalhadora que cuidava do rebanho. Olhando o exemplo deles, podemos nos inspirar e, ao longo deste ano, contemplar o grande mistério do amor de Deus para com cada um de nós. Deus amou tanto a humanidade que quis se tornar um de nós. Os pastores foram os primeiros a receber a boa notícia da chegada do Messias, e os primeiros a divulgá-la. Procuremos, ao longo do ano, divulgar as boas notícias que acontecem ao nosso redor; sem, contudo, fechar os olhos às injustiças, à miséria, à dor que atingem muitos de nossos irmãos e irmãs. A exemplo de Maria, meditemos em nosso coração as maravilhas de Deus em nosso favor.

(Dia a dia com o Evangelho 2022) [1]


O maior presente de todos os tempos

Antes de sua vinda ao mundo, Cristo possuía o ser divino. É eterno como o Pai e consubstancial ao Pai. A razão de sua encarnação prende-se a uma missão: reatar os laços de comunhão das criaturas com o Criador, ser o elo inquebrantável da aliança entre Deus e a humanidade ferida pelo pecado. Poderíamos levantar a hipótese de Cristo ter vindo em carne humana ao mundo, caso o velho Adão não tivesse pecado. Quem somos nós para limitar os planos de Deus? Mas o fato é que Jesus se encarnou com uma missão específica: ser o redentor das criaturas, ser o ‘despertador’ das sementes de imortalidade, que jaziam infecundas nos seres humanos, transformar o universo num coro harmonioso de eterno louvor à Trindade.

O mistério da encarnação e nascimento do Filho de Deus ocupou o centro das festas natalinas e ocupará o centro do ano inteiro. Por isso, no primeiro dia do ano, a Igreja joga todas as luzes sobre a mulher abençoada com todas as bênçãos o céu, escolhida desde sempre para ser a Mãe de Jesus. Toda a grandeza de Maria lhe advém de sua maternidade. E todas as bênçãos da Igreja se prendem ao bendito fruto do ventre de Maria (Lc 1,42), o maior presente de Deus à humanidade. O Natal nos mostrou um novo tempo, uma nova aliança. Unindo-se Deus à virgem-mãe, Mãe e Filho passam a ser a encarnação da benevolência e da bênção divina. Da maternidade divina de Maria, nascem todos os outros privilégios de Maria.

FREI CLARÊNCIO NEOTTI, OFM - Comentário do livro “Ministério da Palavra – Comentários aos Evangelhos dominicais e Festivos”, da Editora Santuário. [2]

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