Missionários e milionários Shutterstock
Reportagem local - publicado em 04/03/22
"A vida eterna não está à venda! Ganha-se pela solidariedade e pelas atitudes diárias de caridade"
Missionário e milionário? O pe. Zezinho compartilhou uma reflexão sobre aqueles que “confudem o chamado”.
“O jovem rico que abordou Jesus mostrou que acreditava na vida eterna. Então era mais fariseu do que saduceu. Saduceus não tinham doutrina sobre o depois desta vida. Já os fariseus apostavam que o estrito cumprimento da Lei levava para o céu. Eram rígidos no cumprimento da Lei. Até 10% do hortelã colhido tinha que ser dado a Deus. Para onde ia não se sabia! Mas havia quem administrava os 10%.
Jesus não citou todos os artigos da Lei. Mostrou o que os famosos rabinos da época ensinavam. Paulo era discípulo de um deles antes de aderir a Jesus. O acento era na caridade e não nos detalhes excessivamente exigentes da Lei. Então, quando Jesus propôs um passo adiante, o desprendimento, a partilha dos bens e o desapego do dinheiro, o jovem sentiu que não tinha vocação de ser apóstolo e pregador do evangelho!
Talvez ele tenha se salvado, já que não fez maldades na vida. Mas escolheu ter muitos bens em vez de ser muito bom! (…)”.
O padre prosseguiu, distinguindo entre missionário e milionário:
“Jesus questionava a busca de riquezas. Mas sabia distinguir entre os ricos maus e os ricos solidários! Ele sabia o que os saduceus e os fariseus pregavam sobre riqueza. E eles nem sempre seguiam a lei da partilha que estava na Bíblia desde o começo, sobretudo depois da reforma de Esdras. Aquilo, sim, foi uma admirável reforma de costumes. Tinham voltado do exílio e sabiam o que era ser escravo e prisioneiro!
Quem fica milionário com a pregação da Palavra confundiu o chamado para ser missionário com o incentivo para ser milionário! A vida eterna não está à venda! Ganha-se pela solidariedade e pelas atitudes diárias de caridade”.
Fonte: Aleteia
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