REDAÇÃO CENTRAL, 28 ago. 22 (ACI).- A Igreja celebra neste dia 28 de agosto Santo Agostinho, Doutor da Igreja e “padroeiro dos que procuram Deus”, o qual em suas “Confissões” disse a Deus sua famosa frase: “Tarde te amei, ó Beleza sempre antiga, sempre nova. Tarde te amei”.
Santo Agostinho nasceu em 13 de novembro de 354, em Tagaste, ao norte da África. Foi filho de Patrício e Santa Mônica, que ofereceu orações pela conversão de seu marido e de seu filho.
Em sua juventude, entregou-se a uma vida dissoluta. Conviveu com uma mulher por aproximadamente 14 anos e tiveram um filho chamado Adeodato, que morreu ainda jovem.
Agostinho pertenceu à seita do maniqueísmo até que conheceu Santo Ambrósio, por quem ficou impactado e começou a ler a Bíblia.
No ano 387, foi batizado junto com seu filho. Sua mãe faleceu naquele mesmo ano. Mais tarde, em Hipona, foi ordenado sacerdote e em seguida Bispo, ficando a cargo dessa Diocese por 34 anos. Combateu as heresias de seu tempo e escreveu muitos livros, sendo o mais famoso sua autobiografia intitulada “Confissões”.
Em 28 de agosto de 430, adoeceu e faleceu. Seu corpo foi enterrado em Hipona, mas logo foi transladado a Pavia, Itália. É um dos 33 Doutores da Igreja, recordado como o Doctor Gratiae (Doutor da Graça).
Para o Papa Emérito Bento XVI, Santo Agostinho foi um “bom companheiro de viagem” em sua vida e ministério. Em janeiro de 2008, referiu-se a ele como “homem de paixão e de fé, de alta inteligência e de incansável solicitude pastoral… deixou um rastro profundo na vida cultural do Ocidente e de todo o mundo”.
Em agosto de 2013, o Papa Francisco, durante a Missa de abertura do Capítulo Geral da Ordem de Santo Agostinho, referiu-se ao santo como um homem que “comete erros, toma também caminhos equivocados, é um pecador; mas não perde a inquietação da busca espiritual. E deste modo descobre que Deus lhe esperava; mais ainda, que jamais tinha deixado de lhe buscar primeiro”.
Quem também fez grande difusão da vida e obra deste Doutor da Igreja foi São João Paulo II, que redigiu a Carta Apostólica “Augustinum Hipponensem”, em 1986, por ocasião do XVI Centenário da conversão de Santo Agostinho.
Fonte: ACI digital
7 dados que deve conhecer sobre Santo Agostinho de Hipona
Santo Agostinho / Crédito: Domínio Público
REDAÇÃO CENTRAL, 28 ago. 22 (ACI).- No artigo a seguir, você encontrará sete dados que deve conhecer e compartilhar sobre Santo Agostinho de Hipona, bispo, médico e padre da Igreja, cuja festa é celebrada neste dia 28 de agosto.
1. Nasceu na África
Santo Agostinho nasceu no ano 354, em Thagaste, Numídia (atual Argélia) em uma família de classe alta.
Seu pai, Patrício, era pagão, embora tenha se convertido ao cristianismo pouco antes de morrer. Por outro lado, sua mãe, Santa Mônica, era cristã e rezou durante vários anos pela conversão de seu esposo e de seu filho.
2. Levou uma vida libertina em sua juventude
Santo Agostinho participou do que São Paulo chama delicadamente de "paixões juvenis" (2 Timóteo 2,22), ou seja, entregou-se a uma vida libertina e cometeu vários pecados de impureza.
Aos 19 anos, começou a conviver com uma mulher. Seu nome é desconhecido, porque Agostinho não a registrou deliberadamente, talvez por causa da sua reputação.
A mulher não pertencia à classe social de Agostinho e nunca se casaram. Entretanto, tiveram um filho chamado Adeodato (Adeodatus em latim, "Dado por Deus" ou, mais coloquialmente, "dom de Deus").
3. Pertenceu a uma seita
Apesar de sua educação cristã, Agostinho abandonou a fé e se tornou maniqueísta, o que surpreendeu a sua mãe.
O maniqueísmo era uma seita gnóstica e dualista fundada no ano 200 d.C. por um homem iraniano chamado Mani.
4. Começou a sua conversão lendo dois versículos da Bíblia
Quando ensinava retórica em Milão (Itália), com o apoio da sua mãe, começou a ter mais contato com os cristãos e com a literatura cristã.
Um dia, no verão do ano 386, ouviu a voz de uma criança cantando em latim "Tolle, lege", que significa "Pega e lê; pega e lê". O Santo abriu uma bíblia que estava do seu lado e abriu uma página aleatória. Encontrou o capítulo 13, 13-14 da carta de São Paulo aos romanos que dizia:
“Não em orgias e bebedeiras, não em imoralidade sexual e depravação... Revistam-se do Senhor Jesus Cristo, e não fiquem premeditando como satisfazer os desejos da carne”.
Aplicando isto à sua própria vida, Agostinho começou seriamente o seu processo de conversão. Foi batizado, junto com Adeodato, na Vigília Pascal mais próxima.
5. Tornou-se um Padre da Igreja
No ano de 388, Agostinho, Mônica e Adeodato se prepararam para voltar ao norte da África. Infelizmente, Mônica só chegou a Ostia, porto da cidade de Roma, onde faleceu. Adeodato também faleceu quando chegou à África.
Isso deixou Agostinho sozinho. Depois, decidiu vender quase todos os seus bens para dar seu dinheiro aos pobres. Ficou somente com a casa da sua família, que converteu em um mosteiro.
Em 391, foi ordenado sacerdote da diocese de Hipona (na Argélia) e quatro anos depois se tornou bispo coadjutor da cidade e depois bispo titular.
Como bispo, escreveu extensa e prodigiosamente. Foi por essa razão que o valor dos seus escritos o converteram em um Padre da Igreja.
6. Também é um Doutor da Igreja
Junto com São Gregório Magno, Santo Ambrósio e São Jerônimo, Santo Agostinho foi um dos quatro doutores originais da Igreja. Foi proclamado Doutor pelo papa Bonifácio VII, em 1298.
Esta nomeação ocorreu devido ao valor extraordinariamente grande dos seus escritos, que incluem importantes obras teológicas, filosóficos e espirituais.
Entre suas obras mais conhecidas estão: "Confissões" (sua autobiografia espiritual), "A cidade de Deus", "Na Doutrina Cristã", "Manual de Fé, Esperança e Amor".
Esta é apenas uma pequena seleção do que escreveu, porque nunca deixou de escrever.
7. Foi canonizado por clamor popular
Foi canonizado por aclamação popular, pois o costume da canonização papal ainda não havia surgido.
Fonte: ACI digital
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