Menos de 1 mês após posse: governo da Colômbia abandona compromisso pró-vida

Gustavo Petro lidera o governo de esquerda na Colômbia
@gustavopetrourrego

Francisco Vêneto - publicado em 29/08/22

Saudado pela mídia como "o primeiro presidente de esquerda da Colômbia", Petro retira seu país do Consenso de Genebra

Menos de 30 dias após tomar posse, o novo governo da Colômbia já abandonou o compromisso pró-vida assumido pelo país em maio deste ano ao aderir ao Consenso de Genebra.

O consenso é uma iniciativa implantada em outubro de 2020 por mais de 30 países participantes, incluindo o Brasil, para defender a saúde da mulher, o fortalecimento da família e a proteção da vida humana desde a concepção até a morte natural.

Saudado pela mídia internacional como “o primeiro presidente de esquerda da Colômbia”, Gustavo Petro priorizou entre as primeiras medidas do seu primeiro mês de mandato a retirada do país do Consenso de Genebra. Trata-se de uma pressa maior ainda que a demonstrada pelo seu par norte-americano Joe Biden, que, igualmente, abandonou o compromisso pró-vida já em fevereiro de 2021 – ele havia tomado posse no mês anterior.

O Ministério das Relações Exteriores da Colômbia declarou, via rede social:

“De acordo com a constituição política e com a jurisprudência da Corte Constitucional, o direito ao aborto legal e seguro é parte integrante e indivisível dos direitos sexuais e reprodutivos e da saúde sexual e reprodutiva da mulher”, que o governo “reconhece, protege e respeita”.

Jaime Urrego, do Ministério da Saúde, acrescentou que a gestão de Gustavo Petro pretende implementar dentro dos primeiros 100 dias de governo os serviços abortivos no país. Em fevereiro deste ano, a Corte Constitucional colombiana descriminalizou o aborto até a 24ª semana de gestação.

Sobre a pressa pró-aborto do novo governo de esquerda na Colômbia, Urrego afirmou:

“Vamos traçar um percurso muito rápido para que, nos primeiros cem dias, haja notícias que comecem a indicar que o rumo indicado junto à Corte não é brincadeira, mas que estamos comprometidos em cumpri-lo, assim como o presidente Gustavo Petro. Esta é uma luta cultural: encontramos resistência em todas as esferas da sociedade. O diálogo e a aplicação da norma devem ir além da norma, para que possamos garantir muito rapidamente o direito de decidir para todas as mulheres”.

Fonte: Aleteia
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