O cardeal que peitou o ditador: “duvido muito que você seja uma pessoa católica”

Cardeal Álvaro Ramazzini   ainsonlus blogspot

Francisco Vêneto - publicado em 06/10/22

Cardeal Álvaro Ramazzini, da Guatemala, respondeu aos ataques do presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, contra a Igreja Católica

O cardeal Álvaro Ramazzini, bispo de Huehuetenango, na Guatemala, peitou o presidente da vizinha Nicarágua, Daniel Ortega, respondeu aos ataques que ele havia direcionado contra a Igreja Católica ao tachá-la de “ditadura perfeita” e afirmou que “duvida muito” que o ex-guerrilheiro seja “uma pessoa católica”, já que o seu regime está promovendo uma intensa perseguição anticatólica em seu país.

Em vídeo publicado pelo Celam neste 1º de outubro, dom Ramazzini afirma:

“É verdade que a Igreja Católica não é uma democracia, mas tem um espírito de participação e comunhão que torna possível a todos nós, que somos Igreja, do Papa aos fiéis leigos, viver em paz e harmonia”.


A respeito do fato de que a Igreja não é uma democracia, mas tampouco uma ditadura, confira o seguinte artigo:

O cardeal prosseguiu, dirigindo-se diretamente ao ditador da Nicarágua e em referência aos seus ataques à Igreja:

“Senhor presidente Daniel Ortega, se o senhor é católico, o que eu esperaria como bispo é que respeitasse a Igreja Católica e o ordenamento próprio que dirige esta instituição fundada por Nosso Senhor Jesus Cristo”.

Acrescentando “duvidar muito” que Ortega “seja realmente uma pessoa católica”, dado que não respeita a Igreja, dom Ramazzini prosseguiu:

“Não se trata de dizer ‘sou católico e faço o que quero’. Eu sou católico, um presidente católico, e por isso coloquei um bispo na cadeia, acusando-o falsamente. Sou católico e persigo a Igreja da qual sou membro. É uma contradição”.

Ele se refere a dom Rolando Álvarez, bispo de Matagalpa, preso desde o dia 19 de agosto pelo regime de Ortega. Na mesma ocasião, a polícia do regime prendeu também outros padres, seminaristas e um leigo católico. Todos estão no presídio de El Chipote, em Manágua, tristemente conhecido como centro de tortura.

O cardeal Ramazzini completou:

“É típico dos ditadores querer fundamentar atitudes e ações ditatoriais para poder assim convencer a si próprios”.

Fonte: Aleteia
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