Procissão do Círio de Nazaré 2023 em Belém, PA, Brasil
ANDERSON BARBOSA | AFP
A Grande Procissão do Círio de Nazaré aconteceu neste domingo, 8; programação segue até o fim do mês
Ricardo Sanches - publicado em 09/10/23
A multidão percorreu mais de 3,5 quilômetros debaixo de forte calor
A Grande Procissão do Círio de Nazaré reuniu mais de 2,5 milhões de devotos nas ruas de Belém, PA. A informação é do governo do estado.
A procissão – considerada a maior do mundo e declarada Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco – começou às 7h deste domingo, 8 de outubro, e terminou por volta do meio-dia. Debaixo de um calor de 35º, os devotos percorreram 3,7 quilômetros entre a Catedral da Sé e a Basílica de Nazaré (local onde a imagem de Nossa Senhora foi encontrada, em 1700).
No percurso, inúmeras manifestações de fé e gratidão à “Rainha da Amazônia”. Muitos fizeram a procissão de joelhos para pagar promessas. Outros, se esforçaram para se agarrar à tradicional corda atrelada à berlinda que leva a imagem de Nossa Senhora de Nazaré. Por todos os lados, sinais de uma grande devoção.
Antes da procissão, o arcebispo de Belém, D. Alberto Taveira, celebrou uma missa e, na homilia, lembrou o Dia do Nascituro e a importância da defesa da vida. “Oito de outubro, providencialmente para nós, é o dia do nascituro, dia dessa luta que a Igreja tem feito para que a vida seja respeitada desde a sua origem até o seu ocaso natural. A meu ver, é providencial que Deus nos coloque aqui hoje para dizer com a nossa vida a importância da vida daquela criança que está sendo gestada no ventre das mães”, afirmou.
O Círio de Nazaré
Todo ano é assim. No segundo domingo de outubro, milhares de fiéis vão às ruas de Belém, no Pará, para participar do Círio de Nazaré.
O site da Arquidiocese de Belém lembra que o Círio de Nazaré é realizado há mais de dois séculos. A imagem de Nossa Senhora teria sido encontrada no fim de outubro de 1700 no caminho para o Maranhão, às margens de um córrego. Ela tinha um manto, em que estava escrito “Nossa Senhora de Nazaré do Desterro”.
Acreditava-se que ela seria de algum peregrino. A imagem foi abrigada em uma choupana, por onde passavam muitos viajantes. Por isso, ela ficou muito conhecida. Entretanto, vários relatos apontam que a imagem, por vezes, desaparecia do local, o que levou as autoridades a conduzirem-na de volta ao lugar onde ela fora encontrada. Lá, foi construída uma ermida para abrigá-la.
O local passou a receber muitos devotos por causa das epidemias que atingiam o estado na época. Mais tarde, no local do achado, foi erguida a atual Basílica Santuário. O primeiro Círio data de 1793.
Fonte: Aleteia
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