Santa Maria, Mãe de Deus - Tempo do Natal (Ano B )


Santa Maria, Mãe de Deus

O Senhor te dê sua Paz! 

Tempo do Natal - Ano B

Evangelho de Lucas 2,16-21

Naquele tempo, 16os pastores foram às pressas a Belém e encontraram Maria e José, e o recém-nascido deitado na manjedoura. 17Tendo-o visto, contaram o que lhes fora dito sobre o menino. 18E todos os que ouviram os pastores ficaram maravilhados com aquilo que contavam. 19Quanto a Maria, guardava todos esses fatos e meditava sobre eles em seu coração. 20Os pastores voltaram, glorificando e louvando a Deus por tudo que tinham visto e ouvido, conforme lhes tinha sido dito. 21Quando se completaram os oito dias para a circuncisão do menino, deram-lhe o nome de Jesus, como fora chamado pelo anjo antes de ser concebido.

 

REFLEXÃO:

O Concílio Vaticano II afirma: “Desde os tempos mais remotos, a Bem-aventurada Virgem é honrada com o título de Mãe de Deus, a cujo amparo os fiéis acodem com suas súplicas em todos os seus perigos e necessidades” (Lumen Gentium, 66). Desde o princípio, a Igreja reconhece que o mistério da encarnação lhe permitiu entender e esclarecer o mistério da Mãe do Verbo Encarnado: “Neste aprofundamento, teve uma importância decisiva o Concílio de Éfeso, no ano 431, durante o qual, com grande alegria dos cristãos, a verdade sobre a maternidade divina de Maria foi confirmada solenemente como verdade de fé da Igreja. Maria é a Mãe de Deus, uma vez que, por obra do Espírito Santo, concebeu no seu seio virginal e deu ao mundo Jesus Cristo, o Filho de Deus consubstancial ao Pai” (São João Paulo II, Redemptoris Mater, 4).

(Dia a dia com o Evangelho 2024)[1]

Oração do Dia

Ó Deus, que pela virgindade fecunda de Maria destes à humanidade o dom da salvação eterna, dai-nos contar sempre com a intercessão daquela que nos trouxe o autor da vida, Jesus Cristo. Ele, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

O Senhor te dê sua Paz! 

“E te dê a paz!” A paz, na visão bíblica, é a plenitude de todos os dons do Senhor. Jesus, nascido de Maria Virgem, é a plenitude de todos os dons. Por isso mesmo é chamado de ‘nossa paz’ (Ef 2,14). O tema da paz, proclamado e celebrado junto com a maternidade de Maria, toma um sentido bem maior do que contratos humanos ou ausência de guerra. Os anjos que cantaram o nascimento de Jesus e o anunciaram aos pastores proclamaram ao mesmo tempo a paz: “Paz na terra aos homens amados por Deus” (Lc 2,14). Esse ‘amados por Deus’ toma um sentido novo, porque, ao amar agora a criatura humana, Deus ama seu próprio filho, que assumiu em tudo a condição dos homens. E a seu filho Deus ama com a plenitude do amor mais perfeito. Desse amor, multiplicado entre as criaturas, deve nascer a paz. “Acolhido no mais íntimo do coração, esse amor reconcilia cada um com Deus e consigo mesmo, renova as relações entre os homens e gera sede de fraternidade” – escreveu o Papa São João Paulo, na Mensagem de Paz para abertura do ano dois mil.

Paz, amor, encarnação, redenção vão juntos. Na Mensagem de Paz para o ano 2000, João Paulo II chama a Igreja de “Sacramento da paz”, ou seja, sinal e instrumento de paz no mundo e para o mundo. E acrescenta esta frase programática: “Para a Igreja, trabalhar pela paz é cumprir sua missão evangelizadora”. Ora, a missão essencial da Igreja é testemunhar o Senhor Jesus. Quando a paz é sinônimo de Jesus Cristo, a Igreja só pode ser proclamadora do Evangelho da Paz (Ef 6,15), com todo seu empenho humano, com toda sua autoridade divina.

Hoje celebramos a Mãe de Deus, que é a Rainha da Paz. Mãe da paz, porque é mãe daquele que “pacificou todas as coisas: as da terra e as do céu” (Cl 1,20). Mãe da mesma paz proclamada por Jesus (Lc 24,36; Jo 20,16-21). Da mesma paz que Jesus deu aos Apóstolos na Última Ceia: “Deixo-vos a minha paz, dou-vos a minha paz” (Jo 14,27).

FREI CLARÊNCIO NEOTTI [2]

---

Comentários

Newsletter

Receba novos posts por e-mail:


Pesquisar este Blog