Regina Lynch, Presidente Executiva da ACN Internacional. | Crédito: ACN.
Por Andrés Henríquez
21 de jun de 2024 às 15:55
Em 2023, a fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN) doou 143,7 milhões de euros para ajudar cristãos que sofrem em 138 países. Incluindo outros 800 mil euros que a ACN tinha em reserva de anos anteriores, o valor final das atividades financiadas pela fundação em 2023 é superior a 144,5 milhões de euros.
Segundo a organização, a Ucrânia, a Síria e o Líbano foram os países que receberam maior percentagem do dinheiro, enquanto África foi o continente ao qual dedicou maior apoio.
A ACN disse ainda que manteve o nível de entradas dos anos anteriores, que recebeu através de doações e heranças. Com isso, comenta a fundação pontifícia, financiou atividades para cristãos necessitados em todo o mundo.
“A generosidade dos quase 360 mil benfeitores que a fundação tem em mais de 23 países ao redor do mundo tornou possível esta ajuda, uma vez que a ACN não recebe ajudas estatais nem de entidades eclesiásticas”, disse a organização.
A presidente executiva da ACN, Regina Lynch, disse que os números “refletem um verdadeiro milagre”. Nesse sentido, disse que a fundação promete ajuda mesmo quando não tem fundos disponíveis, descartando qualquer lógica humana.
“Como acreditamos na Providência divina, temos feito assim e com sucesso desde 1947. Portanto, este resumo anual de atividades é acima de tudo uma oportunidade para dar graças a Deus”, disse Lynch numa mensagem dirigida aos benfeitores.
Os países que mais receberam ajuda da ACN são: Ucrânia (7,5 milhões e por dois anos consecutivos), Síria (7,4 milhões) e Líbano (6,9 milhões). Estes dois últimos são países “nos quais a população cristã ainda enfrenta os efeitos de uma crise econômica paralisante e, no caso da Síria, também com uma longa guerra civil e o terrível terremoto de 2023”, disse a fundação.
No caso do continente africano (31,4% dos recursos totais), destacam-se os projetos e iniciativas que a ACN financiou na República Democrática do Congo, na Nigéria e em Burkina Faso.
“Em números aproximados, o continente abriga um em cada cinco católicos, um em cada oito padres, uma em cada sete freiras e quase um terço de todos os seminaristas do mundo. Além disso, a propagação do terrorismo e do extremismo islâmico em alguns dos seus países, especialmente na região do Sahel, são uma causa de grande sofrimento e dor para os cristãos neste continente”, disse Lynch.
O ano de 2023 em números
Ao longo do ano, a fundação apoiou 40.767 sacerdotes com 1,75 milhões de euros destinados essencialmente às despesas das missas. Segundo este número, comenta a ACN, pode-se dizer que um em cada dez sacerdotes no mundo recebeu apoio da organização.
“A cada 18 segundos era celebrada uma missa em algum lugar do mundo pelas intenções dos benfeitores da fundação”, disse a ACN.
Os seminaristas também foram beneficiados: 11 mil deles receberam apoio para a sua formação em 2023. A maioria deles está na África (5.793) onde, segundo a ACN, “emergem as maiores vocações sacerdotais” em todo o mundo. Foram apoiados 2.103 seminaristas na América Latina, 1.996 na Ásia e 1.099 na Europa (entre eles, mais de 600 na Ucrânia).
“Em 2024, estamos cada vez mais focados na necessidade de cuidado pastoral e tratamento profissional para pessoas que sofreram traumas de guerras e perseguições terroristas. Gostaríamos de continuar aumentando a nossa ajuda nesta área”, disse Lynch.
“Da mesma forma, gostaríamos de intensificar a nossa ajuda na região do Sahel, onde o terror jihadista se espalha e os cristãos são cada vez mais vítimas de violência”, concluiu.
Fonte: ACI digital
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