São Pedro e São Paulo - 13° Domingo do Tempo Comum (Ano B )


São Pedro e São Paulo

13° Domingo do Tempo Comum – 
Ano B

Evangelho de Mateus 16,13-19

Naquele tempo, 13Jesus foi à região de Cesareia de Filipe e ali perguntou aos seus discípulos: “Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?” 14Eles responderam: “Alguns dizem que é João Batista; outros, que é Elias; outros, ainda, que é Jeremias ou algum dos profetas”. 15Então Jesus lhes perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?” 16Simão Pedro respondeu: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo”. 17Respondendo, Jesus lhe disse: “Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi um ser humano que te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu. 18Por isso eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la. 19Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que tu ligares na terra será ligado nos céus; tudo o que tu desligares na terra será desligado nos céus”.


REFLEXÃO:

Já no século IV, um documento chamado Cronógrafo filocaliano comprova a existência de uma festa litúrgica em honra dos apóstolos Pedro e Paulo, juntos. O significado dessa solenidade encontra-se, em aprimorada síntese, no seu prefácio próprio (cf. Missal romano): “Hoje, vós nos concedeis a alegria de festejar os apóstolos São Pedro e São Paulo. Pedro, o primeiro a proclamar a fé, fundou a Igreja primitiva sobre a herança de Israel. Paulo, mestre e doutor das nações, anunciou-lhes o Evangelho da salvação. Por diferentes meios, os dois congregaram a única família e, unidos pela coroa do martírio, recebem hoje, por toda a terra, igual veneração”. Sigamos os passos desses dois gigantes da fé cristã e peçamos a intercessão deles em favor da Igreja de Cristo e dos povos do mundo inteiro.

(Dia a dia com o Evangelho 2024)[1]

Oração do Dia

Ó Deus, que hoje nos concedeis a santa alegria de festejar os apóstolos São Pedro e São Paulo, dai à vossa Igreja seguir em tudo os ensinamentos destes Apóstolos que nos deram os fundamentos da fé. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

O construtor de pontes

Na festa de São Pedro e São Paulo, a Igreja lembra com carinho o Papa, sucessor direto de Pedro no governo da Igreja e herdeiro do espírito universalista de Paulo, que sempre de novo recorda que o Evangelho deve ser pregado a todos em todos os tempos e lugares. Ao Papa dirigem-se as palavras do Evangelho de hoje, com a mesma força com que foram dirigidas a Pedro em Cesareia de Filipe, perto das nascentes do rio Jordão. Ele tem a missão de ser “o perpétuo e visível princípio e fundamento da unidade, quer dos Bispos, quer da multidão dos fiéis” (Lumen Gentium, 23). Por isso, ele é chamado de Sumo Pontífice, isto é, o maior responsável pelo lançamento de pontes (pontífice significa ‘construtor de pontes’): pontes capazes de unir dois pontos diversos, dois povos diferentes, múltiplas culturas entre si. Evidentemente que ele, como pessoa humana, não teria a consistência suficiente para essas pontes de unidade. Mas a força é de Jesus Cristo, único capaz de “fazer de dois um só povo, reconciliando ambos com Deus num só corpo pela cruz” (Ef 2,14.16).

Como Pedro, o Papa hoje é o fundamento da comunidade do povo de Deus. O Concílio o chamou de “cabeça visível de toda a Igreja” (Lumen Gentium, 18). O Papa, também chamado Santo Padre (e padre, aqui, significa pai), é o nosso pai na fé. Uma de suas principais tarefas é promover em todo o mundo a fé, a esperança e a caridade, as três virtudes pilastras da comunidade cristã.

FREI CLARÊNCIO NEOTTI, OFM, entrou na Ordem Franciscana no dia 23 de dezembro de 1954. Escritor e jornalista, é autor de vários livros e este comentário é do livro “Ministério da Palavra – Comentários aos Evangelhos dominicais e Festivos”, da Editora Santuário.[2]

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