Bispo dos EUA pede zelo renovado diante da zombaria da Última Ceia nas Olimpíadas

Nuvens de fumaça perto de janelas enquanto artistas participam da cerimônia de abertura das Olimpíadas Paris 2024 na sexta-feira (26). | BERNAT ARMANGUE/POOL/AFP/Getty Images

Por Daniel Payne

29 de jul de 2024 às 13:18

O bispo de Crookston, EUA, dom Andrew Cozzens, criticou no último fim de semana o que descreveu como a zombaria "hedionda" da fé cristã exibida nos Jogos Olímpicos de Verão em Paris na sexta-feira (26), exortando os católicos a responderem ao show com jejum e oração.

A paródia liderada por drag queens da Última Ceia apresentada durante as cerimônias de abertura das Olimpíadas Paris 2024 na sexta-feira (26) provocou uma onda de reações e denúncias  indignadas de líderes católicos e outros ao redor do mundo.

A cena controversa, parte do show de € 1,5 bilhão (cerca de R$ 6,1 bilhões) para dar início aos Jogos Olímpicos, contou com drag queens retratando os apóstolos e uma DJ acima do peso como Jesus no que parecia ser parte de um desfile de moda aparentemente zombando da famosa pintura de Leonardo da Vinci.

Em comunicado no sábado (27), dom Cozzens - que também atua como presidente do conselho do Congresso Eucarístico Nacional nos EUA - disse que os artistas "difamaram publicamente" a Última Ceia com a exibição "maligna".

Dom Cozzens disse que no Congresso Eucarístico Nacional deste mês nos EUA, os fiéis reuniram-se para "reparar nossos pecados" e rezar por "cura e perdão".

No entanto, uma semana depois, disse ele, quase um bilhão de espectadores "testemunharam a zombaria pública da Missa" pessoalmente e por transmissão ao vivo, na qual a Última Ceia "foi retratada de maneira hedionda, deixando-nos em tal choque, tristeza e raiva justa que as palavras não podem descrever".

O bispo disse que, ao longo da história, Cristo "nos chamou – o povo de Deus – para responder às trevas do mal com a luz que vem do Senhor". Dom Cozzens disse que a Última Ceia, juntamente com a crucificação, morte e ressurreição de Cristo, formam o Mistério Pascal.

"Jesus experimentou sua paixão novamente na noite de sexta-feira em Paris, quando sua Última Ceia foi difamada publicamente", disse o bispo. "Como seu corpo vivo, somos convidados a entrar neste momento de paixão com ele, este momento de vergonha pública, zombaria e perseguição. Fazemos isso por meio da oração e do jejum. E nossa maior oração - em época e fora de época - é o Santo Sacrifício da Missa.

Dom Cozzens exortou os fiéis a comparecerem à missa esta semana com "zelo renovado", a "rezar por cura e perdão para todos os que participaram dessa zombaria" e a "nos comprometermos esta semana com maior oração e jejum em reparação por esse pecado".

Ele também sugeriu assistir à missa mais de uma vez na próxima semana e considerar uma Hora Santa extra [diante do Santíssimo Sacramento].

"Também podemos ser chamados a falar sobre esse mal. Façamo-lo com amor e caridade, mas também com firmeza", disse o bispo. Ele exortou os católicos a "pedir ao Espírito Santo que nos fortaleça com a virtude da fortaleza".

"A França e o mundo inteiro são salvos pelo amor derramado através da Missa, que veio até nós através da Última Ceia", escreveu o bispo. "Inspirados pelos muitos mártires que derramaram seu sangue para testemunhar a verdade da Missa, não ficaremos de lado e permaneceremos em silêncio enquanto o mundo zomba de nosso maior presente do Senhor Jesus”.

Fonte: ACI digital 
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